Lembre-se da semifinal da Libertadores de 2005, em que Danilo fez gol tanto nos 2 x 0 sobre o River Plate, no Morumbi, quanto nos 3 x 2 do Monumental de Nuñez.
Danilo é heroi de duas nações, a partir de agora. O pé esquerdo virou pé de anjo, dupla com o pé direito de Basílio, que falou à rádio Estadão ESPN logo depois do apito final de Leandro Vuaden: "Quando jogamos a Libertadores em 1977, a primeira campanha do Corinthians, era apenas um torneio. A gente queria ser eliminado logo, para nos concentrarmos no Campeonato Paulista", disse Basílio, pé de anjo original.
A lembrança de 1977, primeira campanha da Libertadores corintiana, deixa claro que o sonho corintiano não nasceu em 1910, nem no início de sua trajetória continental. Começou mesmo em 1991, ano da eliminação contra o Boca Juniors, com gols de Graciani e Paulo Sérgio, no empate com culpa do zagueiro Guinei.
Voltar a jogar a Libertadores como um torneio a mais, não como obsessão, foi a receita para chegar à primeira decisão, a melhor campanha da história do clube num torneio internacional -- exceto o Mundial de 2000. Mas será necessário jogar melhor numa hipotética final contra La U, numa emblemática decisão contra o Boca Juniors, justamente contra o adversário que transformou a Libertadores em sonho.
O Corinthians merece estar na decisão, por tudo o que fez. Mas precisa notar o que não fez nas quartas-de-final contra o Vasco, na semifinal contra o Santos. É preciso voltar a marcar no campo de ataque, retormar a bola e tocá-la. E jogar com ela.
Menos bumba-meu-boi, menos bola para o mato, porque o jogo é de campeonato, mas a taça precisa ser conquistada com carinho. O Corinthians pode fazer isso. O Corinthians pode ser campeão da Libertadores pela primeira vez. Mas precisa melhorar.
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