
Com o estádio completamente lotado, 56.070 espectadores, a torcida polonesa fez festa, incentivou aos gritos de "Polska", mas saiu com um gosto amargo após o tropeço. Lewandowski (eleito o melhor em campo), de cabeça, abriu o placar no primeiro tempo, e a Polônia ainda contou com a expulsão do grego Papastathopoulos.
No entanto, na segunda etapa Salpingidis empatou o jogo, e a Grécia ainda teve a chance de virar. O goleiro Szczesny recebeu o cartão vermelho ao cometer pênalti, mas o reserva Tyton defendeu a cobrança de Karagounis.
No final, os poloneses não realizaram o sonho de uma vitória em casa na estreia, e os gregos não conseguiram um resultado positivo contra os donos da casa na abertura, assim como tinha feito na Euro de 2004, em Portugal.
Com o resultado, Polônia e Grécia somam um ponto cada no grupo A, após a primeira rodada. A chave também conta com as seleções da Rússia e da República Tcheca.

O jogo - Os poloneses entraram em campo com força máxima, tendo como base o trio do Borussia Dortmund (Lukasz Piszczek, Jakub “Kuba” Blaszczykowski e Robert Lewandowski), além do goleiro Wojciech Szczesny, do Arsenal. Pelo lado da Grécia, o destaque ficou por conta do goleiro Kostas Chalkias e dos meio-campistas Giorgios Karagounis e Kostas Katsouranis, que foram campeões da Euro em 2004.
Apoiada desde o início da partida por mais de 50 mil torcedores, a seleção da Polônia teve o controle das ações ofensivas, apesar de a posse de bola ter sido bastante dividida durante o primeiro tempo. Os donos da casa conseguiram sete finalizações a gol, contra apenas duas dos gregos.
O barulho que vinha das arquibancadas era amplificado pelo fato de o estádio ser coberto, e a festa ficou ainda maior aos 17 minutos, quando a rede balançou pela primeira vez, em lance de dupla do Dortmund. Após cruzamento da direita do capitão Kuba para a área, Lewandowski cabeceou e abriu o placar para a Polônia.
Perquis ainda perdeu um gol incrível para o time mandante, mas a situação ficou melhor aos 44 minutos, quando Papastathopoulos, que já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho depois de fazer falta em Murawskl. Expulsão que gerou polêmica, já que o árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo exagerou nos dois cartões.
Neste momento, a torcida polonesa se animava ainda mais, cantava e pedia "mais um" gol, aos gritos de "jeszcze jeden".
No entanto, a massa vermelha e branca se calou logo no começo da segunda etapa, quando apenas o som do pequeno grupo azul e branco ecoou no estádio. Logo aos 6 minutos, o atacante Salpingidis, que havia substituido Ninis no intervalo, empatou o jogo para a Grécia. Ele aproveitou cruzamento da direita de Torossidis e contou com o vacilo do goleiro Szczesny e do zagueiro Wasilewski, que se atrapalharam na jogada.
A Polônia tentou assimilar o golpe e reagir, mas não conseguiu ter o mesmo domínio de antes, mesmo ficando mais tempo no campo de ataque do que o adversário. Mas a situação dos donos da casa ficou ainda pior. Aos 24 minutos, Szczesny derrubou Salpingidis na área e foi expulso, deixando as duas equipes com dez homens em campo.
Porém, Karagounis perdeu a cobrança de pênalti, defendida pelo goleiro Tyton, do PSV Edindhoven, que tinha acabado de entrar na partida. Do lado de fora, Szczesny vibrou bastante com a defesa do companheiro, e os torcedores gritaram em coro o nome de Tyton. Logo depois, Salpingidis ainda teve um gol anulado por impedimento.
O confronto caiu de ritmo daí em diante, e os poloneses não tiveram mais força para superar a sólida defesa grega. Depois do apito final, os torcedores da Polônia reconheceram o esforço dos jogadores e, apesar da decepção por não conseguirem a vitória em casa, aplaudiram a equipe.
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