Felipão volta a uma final pelo Palmeiras, e coincidências com 1998 incentivam busca pelo título da Copa do Brasil

O técnico Luiz Felipe Scolari alcançou sua primeira final no Palmeiras desde o retorno ao clube, em 2010. Quase 15 anos depois de dar ao Verdão o título da Copa do Brasil, em 1998, o comandante volta à decisão do torneio nacional e aposta na mesma fórmula de sucesso do passado para ratificar ainda mais sua fama de “copeiro”. Mais uma vez, o Palmeiras aposta em um elenco sem muitas estrelas, mas aparentemente “fechado” com o treinador e com características semelhantes ao do último título da competição.

Os problemas de relacionamento do ano passado entre Felipão e os jogadores parece resolvido, e o elenco entendeu que o momento pedia união para tirar o clube da fila por títulos. Assim, o técnico conseguiu formar mais uma edição da “Família Scolari”, e nem mesmo o sequestro sofrido por Valdivia conseguiu abalar o grupo. Pelo contrário: o gol marcado pelo Mago sobre o Grêmio, na semifinal, emocionou os atletas e o abraço na comemoração selou ainda mais o comprometimento da equipe.

Além de Galeano (supervisor de futebol) e do próprio treinador, outras coincidências marcam o time de 14 anos atrás e o de hoje. O meia Alex, hoje no Fenerbahce, também sofria críticas da torcida alviverde por “sumir” em determinados momentos do jogo – mesma reclamação dos palmeirenses em relação a Valdivia. No ataque a dupla Oséas e Paulo Nunes aposta na mesma fórmula de Luan (Mazinho) e Barcos: um operário, que se sacrifica pelo time, e outro centroavante com fama de matador.

Até mesmo a campanha do Palmeiras até aqui guarda semelhanças à de 1998: contra um time alagoano na estreia, o Verdão começou com vitória por 1 a 0, seguida de goleada por 3 a 0 na volta – em 1998, contra CSA-AL e, em 2012, Coruripe. Na segunda fase, assim como em 1998, o adversário foi cearense (Ceará e Horizonte, em 2012). Com três títulos da competição no currículo (por Criciúma, Grêmio e Palmeiras), Scolari tem o Coritiba no caminho pela quarta conquista.

“Agora é tentar concretizar um grande campeonato nos dois próximos jogos. Todas as equipes trazem dificuldade, assim como vamos levar para eles. O Coritiba mostrou muita qualidade,não é de hoje. São dois jogos com duas equipes grandes, com condições de ganhar o título. Tomara que consigamos vencer”, disse o meia Daniel Carvalho.

O momento, no entanto, é completamente diferente da última conquista. Se em 1998 o Palmeiras vinha de uma década vitoriosa e o título da Copa do Brasil impulsionou o clube para a Libertadores no ano seguinte, desta vez a pressão pela falta de títulos pesa contra e o Coritiba também chega forte. A primeira partida será disputada no próximo dia 5, na Arena Barueri. A “finalíssima” será dia 11, no Couto Pereira.