O São Paulo enfrentou um verdadeiro caldeirão na noite deste sábado. Mas a pressão não partiu da torcida da Portuguesa, mas sim da própria torcida são-paulina, indignada depois da eliminação da equipe na semifinal da Copa do Brasil. Os torcedores do São Paulo pediram a saída de Emerson Leão, xingaram jogadores (Casemiro foi um dos principais alvos), vaiaram, gritaram nomes de ídolos do clube, e cantaram músicas como outra forma de protesto.
Tal comportamento começou desde o primeiro minuto de partida. Mesmo diante dessa situação, o técnico Emerson Leão mostrou muita tranquilidade depois do confronto, e pediu maturidade aos seus jogadores para enfrentar a forte pressão oriunda das arquibancadas.
“Eu acho que o atleta profissional sabe qual a sua profissão. Eles não podem se abater com essa pequena torcida e com os hinos, cânticos e rimas. Isso é preparado, parece que contrataram um compositor, sabíamos que viriam (os protestos) desde o primeiro minuto. Eles (torcedores) podem falar o que pensam, e nós não podemos falar o que pensamos deles. Compete a nós jogar, trabalhar, nada mais do que isso”, discursou Leão.
“Mas é simples. Foi uma coisa que veio pronta, um livro ensaiado. A equipe não pode se preocupar com isso. Tem que se desdobrar em campo e ignorar. É assim que eu entendo. Um profissional preparado não se abate com isso. Se não está preparado, temos que prepará-lo cada vez mais. Acontece no futebol. Temos que lutar para que não aconteça. Só tem um limite, que é a vitória”, prosseguiu o treinador do São Paulo.
Emerson Leão ainda foi questionado sobre o peso da ausência de Luis Fabiano, que foi expulso no jogo contra o Atlético-MG. O técnico afirmou que o time não pode ser dependente de um único atleta.
“Não podemos depender de um, dois ou três jogadores. Quem depende assim é um time do interior, que tem uma estrela solitária. Mas o São Paulo não pode depender de nada. O time passa por um momento desagradável, são poucas, mas grandiosas as derrotas. Temos que saber a repercussão da derrota, e estar preparados”, afirmou.
“Não temos que esconder a realidade. Hoje cada um tem que tirar o coração, colocar em cima da mesa e doar. Não está dando certo. Algumas coisas deixaram de acontecer dentro do campo. Caímos de rendimento e por isso fica difícil vencer em um campeonato brasileiro”, avaliou.
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