quarta-feira, 4 de julho de 2012

Assunção mira título por redenção final após esquecimento e para deixar aposentadoria de lado e jogar a Libertadores


Ganhar um título tem sempre um gosto especial. Mas para o volante Marcos Assunção, conquistar a Copa do Brasil com o Palmeiras fechará de forma triunfante uma história de redenção pessoal que ele faz questão de relembrar sempre que pode. Com orgulho e transparecendo um pouco de mágoa, já que parece não entender como passou uma década atuando no exterior e nenhum clube grande interessou-se por ele quando voltou ao Brasil, em 2009. Além disso, uma eventual vaga na Libertadores pode significar também o adiamento da aposentadoria.

Por isso coloca uma possível comemoração da Copa do Brasil, a qual começa a decidir contra o Coritiba a partir desta quinta-feira, como a maior que terá vivido. "Espero que seja essa aqui no Palmeiras", respondeu quando questionado sobre qual fora sua maior conquista na carreira. "Já fui campeão na Itália, na Espanha, com o Bétis, no Oriente Médio, mas a maior conquista será essa aqui no Palmeiras. Cheguei aqui com 34 anos, desacreditado, vindo de um Grêmio Barueri depois de ter ficado 10 anos fora do Brasil e nenhum clube grande me quis", disse.

"As pessoas achavam que eu era velho, que não suportaria a carga de trabalho, de treinos. Fiquei de maio a dezembro de 2009 [na verdade setembro] só treinando lá em Barueri, sem ganhar nada, e no sábado à tarde indo jogar bola com meus amigos lá em Caieiras [interior de São Paulo]. Eu me considero um vencedor por isso! Depois fazer um grande campeonato pelo Grêmio Prudente e depois vir aqui para o Palmeiras", seguiu o volante, relatando o que passou antes de ser contratado pelo clube alviverde.

Prestes a completar 36 anos, no dia 25 deste mês, Marcos Assunção indica que esta volta por cima precisa de uma taça para ser ratificada. "A minha história já tem um final feliz, mas falta um título e vou lutar muito para que a gente possa conquistar", contou na Academia de Futebol, na terça.

E o título que falta, se conquistado, pode prolongar a carreira do atleta. O volante tem contrato com o Palmeiras até o final deste ano, e pendurar as chuteiras é uma das alternativas que ele tem na cabeça. Mas ganhar a Copa do Brasil garante vaga na Libertadores da América de 2013. E isso pode mudar toda a história.

"Sim, sim, mas isso vamos esperar passar, ver o que acontece", respondeu sobre se pode repensar a aposentadoria em caso de vaga assegurada na disputa continental. "Se o Palmeiras passar eu gostaria [de jogar], mas a gente tem duas grandes batalhas para isso, temos que passar pelo nosso adversário. Vamos deixar passar. A princípio, se a gente ganhar, eu posso fazer parte do elenco para disputar a Libertadores, mas para isso eu tenho que ser campeão, para isso tem que passar pelo Coritiba", encerrou, sempre tomando cuidado com as palavras para não faltar com respeito aos paranaenses.

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