segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dois lados do remo

 O jovem Felippe Gaspar é um empolgado da categoria e, desde menor, porque pequeno ainda é, usa o re 

Às vezes, como aprendiz de malabarista, ele ainda perde a sequência de movimentos, mas o trabalho feito com o remo transforma o surf de SUP em algo mais interessante de assistirmos. Eric, muitas vezes, só encosta o remo na água durante a manobra, mesmo assim fica nítida a importância dessa poderosa ferramenta da categoria. Sabe quando você tenta se equilibrar num pé só, para amarrar o cadarço do tênis ou limpar a areia dos pés? Pois é, basta um dedo na parede, um cotovelo na lataria do carro, para que você permaneça equilibrado. Tirando esse leve contato é provável que você precise colocar o outro pé no chão. No Stand Up Surf é a mesma coisa.

Outro dia observava um ex-topCT começando a brincar de SUP. Quase berrei para ele jogar o remo fora, já que aquele treco parecia só atrapalhar. Ele não sabia o que fazer com aquilo enquanto mandava suas pauladas de backside. A verdade é que a drástica diminuição das pranchas de SUP feitas para pegar ondas criou essa distorção. Oras, se o cara anda com uma prancha pequena o bastante para não precisar do remo nas manobras, me parece que a única diferença é que ele rema em pé e não mais deitado para entrar na onda. Bom, sei lá, pode ser que tenha gente que ache isso uma vantagem. Pega-se mais ondas, verdade. As manobras são mais lentas e limitadas, outra verdade. No fim das contas acho que o caso se inverteu. A brincadeira era pegar ondas com uma prancha de remada, agora muita gente tem uma prancha de surf movida a remo. Tanto faz, cada um brinca como quiser.

Deixo aqui única e tão somente minha singela homenagem a quem ainda se dá ao trabalho de incorporar ao surf de SUP o uso inestimável do remo. Leco Salazar e outros tantos sabem a importância disso.


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