O zagueiro Henrique, um dos remanescentes do ano passado, define a mudança de postura alviverde em duas palavras: união e confiança, dois dos fatores que faltaram em 2011. Após a eliminação contra o Coritiba na última Copa do Brasil, com goleada por 6 a 0 em Curitiba, o time ficou abalado. A união também só foi retomada após a saída de Kleber, que não se dava bem com Felipão.
"Várias coisas aconteceram no ano passado, e nos unimos. É um grupo bom de se treinar. Existe uma cobrança construtiva, de incentivo. Indiferentemente de quem joga, todo mundo está apoiando. Isso nos dá mais confiança, tranquilidade para se jogar", disse Henrique. O meia Daniel Carvalho - substituto de Valdivia na final - concorda, mas acredita que a superação define o grupo palmeirense.
"Tivemos que superar a situação do Barcos (operado de apendicite), a ausência do Valdivia (sofreu sequestro em junho). Essa palavra serve tanto para quem entra quanto para quem está no grupo, tão criticado desde o ano passado. Essa final, podemos dizer que foi pela superação", completou Daniel.
A quinta final de Felipão em nove edições disputadas da Copa do Brasil também impressiona até por isso, o técnico tem fama de ser "copeiro". Apesar do estilo linha-dura, os jogadores garantem que o treinador é bem tranquilo e que sabe a hora de cobrar, incentivar ou apoiar. Ainda assim, Daniel Carvalho ressalta que para que o grupo palmeirense seja "libertado" da pressão, deve conquistar o título. Uma derrota pode aumentar ainda mais a desconfiança e as críticas sobre o grupo.
"Felipão é tranquilo sim, sabe lidar com os jogadores. Cobra quando tem que cobrar e exige, mas sabe a hora de elogiar, conversar. Nesse momento, antes de uma final, o jogador fica nervoso, com pressão, e ele tenta colocar tudo que já passou lá atrás, as conquistas. Ele é indiscutível no mata-mata. Tem a parcela dele, mas todos os jogadores têm seu valor. Não só jogadores e comissão, também os funcionários que estão no dia-a-dia", disse Daniel Carvalho.
"Essa desconfiança do torcedor é natural pelos resultados do ano passado. Faz tempo que o Palmeiras não briga por um título, então é normal. Mas sem dúvida vamos ter que conquistar esse título para resgatar a confiança. Porque se perdermos, sabemos que a crítica vai voltar, a desconfiança do grupo, do Felipão... Entendemos e esperamos que o torcedor possa estar do nosso lado", completou.
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