“Foi maravilhoso. Eu sabia que seria assim. Não havia qualquer dúvida em minha cabeça de que seria assim. Dá para dizer que sou imbatível”, disse o dono das três melhores marcas de todos os tempos – no domingo, ele fez a segunda melhor prova da história, a 0s05 dos 9s58 do Mundial de 2009.
Bolt, como sempre, largou mal. Mas nem se preocupou muito. “Não foi uma boa saída, mas o meu treinador sempre me diz que eu não largo bem e que devo me preocupar com a chegada”, afirmou o jamaicano. Desta vez, a chegada não teve a facilidade de Pequim, quando ele cruzou a linha batendo no peito e olhando para o lado.
Cantarolando a música "Three little birds", de seu compatriota Bob Marley, o jamaicano mostrou que a sua ambição de ser lembrado como uma lenda praticamente se concretizará com mais uma medalha de ouro nos 200m rasos. Sobre as Olímpicas do Rio de Janeiro, em 2016, ele não vê a hora de competir e despedir-se dos Jogos com mais ouros para a coleção. “Estou ansioso para o Rio. Pode ser a minha última Olimpíada. Se eu tiver a possibilidade de repetir isso, será ótimo”, comentou ao SporTV. “Estarei aí em breve, Brasil”, avisou, olhando diretamente para a câmera.
Em meio a declarações tão fortes e confiantes, Bolt aproveitou para cutucar Blake, o segundo colocado na prova. Os dois treinaram juntos até o início deste ano, mas os técnicos de ambos chegaram a um acordo para separá-los; a ideia era evitar que um atleta pudesse copiar as técnicas do outro.
“Ele treina mais duro que eu, mas eu sempre soube o que precisava fazer para vencer aqui. Acho que na próxima ele terá um desempenho melhor, desta vez ele estava muito estressado com a prova”, afirmou o bicampeão dos 100 metros, que novamente deu um show de caras, bocas e gestos quando aparecia nos telões.
Assombro – As qualidades de Bolt espantam o mundo. No Estádio Olímpico, torcedores, jornalistas, companheiros e adversários se entreolhavam antes, durante e depois da prova. Todos queriam ver Bolt, todos queriam participar daquele momento. Todos sabem a resposta quando se pergunta quem é o homem mais rápido do planeta.
“Uau, essa é uma pergunta difícil. Ele é fantástico, quase bateu o recorde mundial de novo. O limite de Bolt é um mistério. Acho que ele ainda correrá em 9s50”, disse ao ESPN.com.br o trinitino Richard Thompson, medalhista de prata em Pequim e sétimo colocado em Londres.
“Fiz o melhor que pude. Essa é a melhor prova de 100 metros que eu posso fazer. Mas Bolt é o melhor. Eu sabia que ele correria muito rápido, todo mundo esperava isso”, afirmou Churandy Martina, campeão pan-americano no Rio em 2007 por Antilhas Holandesas, que passou a defender a Holanda em Londres.
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