A “parafa” desenvolvida pelo Fuad Mansurf tem uma história longa e interessante.
Fuad Mansur, um dos quatro irmãos de uma das famílias mais surf do Brasil, se interessou pela tal de parafina desde a primeira vez que foi pegar ondas com seus irmãos mais velhos, em Santos.
“Os caras ficavam procurando velas pela praia e depois acendiam e pingavam sobre as taboas de surf”. Sim, nos idos de 68 as pranchas, ao menos para a maioria dos santistas, não passavam de taboas de surf. O fato é que Fuad levou quase 30 anos desenvolvendo a fórmula que agora podemos usar.
Começou misturando velas derretidas com outros materiais e surrupiando os perfumes da mãe para dar aquele cheirinho. Depois acabou comprando a fórmula de uma famosa “wax gringa” que estava nas mãos dos cariocas Paulo Proença e Otavio Pacheco. Psicopata na busca pela “fórmula perfeita” continuou, com ajuda de outros interessados no assunto, testando materiais e seus diferentes pontos de fusão para misturá-los. Sim, um dos maiores segredos, além dos oito tipos de matéria prima que usa, está nessa mágica química do ponto de fusão.
Agora a Fu Wax, que já estava no mercado australiano e português, está montando uma base na Califórnia. “Se alguma coisa quer realmente dar certo nesse universo do surf ela tem que dar certo na Califa”, diz o criador da parafina. Nomes pesados do surf nacional, como Filipe Toledo, Jesse Mendes ou Bernardo Pigmeu, só para citar alguns, são adeptos da “aderência mágica”.
"Aderência levada a sério”. Esse foi o slogan que saiu do hospital com o Fuad, depois que teve hipotermia ao surfar por horas, em Torres [RS], empolgado com o teste da parafa que havia desenvolvido. A fórmula melhorou desde aquela época, no fim dos anos 80. A obsessão louca pelo surf continua a mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário