Apesar de conselho , Adriano segue com rotina 'destruidora'

A falta de Adriano aos treinos no Flamengo já virou rotina. Na última, que aconteceu na manhã do último sábado, véspera do Fla-Flu, o Imperador passou a noite em uma balada na Barra da Tijuca e seguiu para o morro do Chapadão, complexo ainda não pacificado pela polícia carioca e que segue sob o comando de traficantes. Um deles, Nando Bacalhau, preso em Guarulhos (SP) na última segunda-feira, comentou as passagens do atacante pela favela em diálogo com policiais publicado pelo site GloboEsporte.com.

“Ele é maluco. O Imperador é maluco. Não usa droga nenhuma, mas bebe demais. É impressionante. Já cansei de falar para ele, tento dar conselho, mas não adianta”, afirmou Nando em conversa informal com os policiais que efetuaram sua prisão.

Desde que saiu do Corinthians demitido por justa causa, Adriano encontrou no Flamengo a última esperança de fazer um fim de carreira digno. Aos 30 anos, porém, o Imperador não se livrou do vício da bebida e, por conta disso, não consegue perder peso e, consequentemente, se recuperar da cirurgia no tendão de Aquiles que realizou ainda no começo do ano.

Durante a passagem pelo Chapadão, Adriano comunicou o diretor de futebol do Flamengo, Zinho, sobre a impossibilidade de ir treinar por meio de mensagens SMS. “Pô, irmão, segura essa pra mim” e “Estou em Cabuçu” foram os torpedos enviados pelo atacante ao dirigente, que declarou em coletiva não ter gostado da forma de comunicação.

“Prefiro olho no olho”, disse Zinho.

A situação de Adriano, cada vez pior, fica evidente nas presenças do atleta nos treinamentos. Pela manhã desta terça-feira, sentiu incômodo ao fazer um simples movimento de agachamento ao entrar no carrinho que realiza o transporte dos jogadores no Ninho do Urubu. Após a última falta o jogador cogitou encerrar a carreira e o Flamengo cogitou mandá-lo embora. As duas alternativas foram descartadas.