segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TRATANDO QUEIMADURAS DE ÁGUA-VIVA

Tratando queimaduras de água-viva

Salve galera! Nesse fim de semana quem pode aproveitar as boas ondas desse swell histórico, um dos originados mais distantes da nossa costa brasileira, trazendo consigo água bem gelada e ventos fortes, além de muitas águas-vivas, que causaram transtorno nas praias do litoral norte paulista.

Por isso, hoje resolvi começar a semana com uma dica dando as orientações certas para se tratar queimaduras ocasionadas por águas-vivas. A matéria originalmente foi divulgada pela Surfing & Health e traduzida no blog da Mormaii. Confiram ai!
Também conhecidas como medusas, as mais de 900 espécies existentes de águas-vivas são mais freqüentes no verão, quando a água do mar se encontra mais quente.

Estes animais são normalmente solitários, mas em alguns casos andam em grupos.

Ainda assim, felizmente a maioria das queimaduras de medusa não são sérias.

Os ferimentos causados por esses cnidários representam um alto índice de acidentes entre surfistas.

Para se ter uma idéia, a cada ano 130 milhões de turistas no mundo inteiro sofrem estes ataques, executados através de seus tentáculos urticantes chamados cnidócitos.

Para capturar a presa, o animal produz um túbulo urticante com veneno, chamado nematocisto, que é liberado quando os tentáculos entram em contato com um peixe ou uma pessoa.

No momento do contato, milhares de nematocistos são liberados afim de paralisar a presa.




SINTOMAS

Os ataques são mais comuns nas regiões das pernas e braços.

A toxina liberada pelo animal, em contato com a pele, causa ardência e dor intensa no local, que pode durar alguns minutos ou vários dias.

A área fica vermelha, com comichões e alguns vergões aparentes.

Segundo pesquisa da Centro de Informação Toxicológica de Santa Catarina, em 93% dos casos há dor, e em apenas 7% existe a formação de bolhas.

A seriedade depende da extensão da área atingida, do tipo de animal que atacou e das características da vítima.

Em casos mais graves podem ocorrer dores de cabeça, náusea, vômito, espasmos musculares, febre, arritmia cardíaca, suador, desmaio e até choques anafiláticos.
TRATAMENTO

Quando picado, remova qualquer tentáculo visível, evitando o uso dos dedos.

Use uma toalha ou pano, enxágüe com água fresca ou salgada, mas jamais use vinagre.

Bolsas de gelo podem ser necessárias para aliviar a dor e sensação de queimação.

No caso de sintomas mais graves e choques anafiláticos, procure um médico imediatamente.

Para remover os restos de nematocistos, aplique uma pasta de bicarbonato de sódio, pó de talco ou farinha e água do mar.

Espere secar e remova com a borda de uma faca.

Se persistirem os comichões, aplique pomada de hidrocortisona 4 vezes ao dia e tome uma ou dois comprimidos de 25 miligramas de difenidramina a cada 6 horas.

Essas medicações são vendidas sem prescrição médica.

Não dirija, nade ou surfe após essas tomar difenidramina, ela pode causar sonolência.

Para aliviar a dor, use analgésico.
PREVENÇÃO

Evite qualquer tipo de contato com medusas, em especial com os tentáculos.

Em alguns lugares como na região de Queensland e Gold Coast, na Austrália, algumas espécies de águas-vivas produzem venenos muito dolorosos e poderosos, capazes de matar uma pessoa.

Fonte: Surfing & Health, de Joel Steinman MD. Editora Meyer & Meyer Sport.
Créditos de imagem: National Geographic Television

2 comentários:

  1. quando fui queimada por agua viva a melhor coisa que fiz foi passar vinagre embora o vinagre seja ácido mas ele faz o efeito contrario alivia o ardor , uma outra opção que foi melhor do que o vinagre é passar uma pedra de gelo no local da queimadura e se conseguir pressionar no local até que fique amortecido , ao passar alguns minutos a pessoa nem sentira mais o ardor. Evite passar água do mar pois arde mais ainda.

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