As imagens de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira juntos,
estampadas durante boa parte da edição do Sportscenter de quarta-feira,
têm certa força. Ver dois campeões mundiais juntos e ser contra a
decisão da CBF de mudar o comando da seleção parece sacrilégio. Mas as
ponderações são obrigatórias. Felipão foi campeão da Copa do Brasil, mas
deixou o Palmeiras à beira do rebaixamento -- responsabilidade
compartilhada com a diretoria, é certo. E Parreira, depois de fracassar
com a seleção na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. E de fracassar com a
África do Sul em 2010.
É certo escolher os dois?
Experiência é importante, carisma também, duas virtudes inegáveis a Felipão.
Mas experiência... O que é experiência para trabalhar na seleção brasileira.
Felipão tem 25 partidas como técnico da seleção brasileira. Mano Menezes dirigiu-a 33 vezes.
É
claro que a experiência de Felipão é maior. Ganhou uma Copa e sabe o
que foi necessário para chegar a essa façanha. Antes, precisou ser
campeão da Libertadores duas vezes, uma pelo Grêmio, outra pelo
Palmeiras, campeão gaúcho, brasileiro, três vezes da Copa do Brasil.
Dos
cinco treinadores campeões mundiais, nem Vicente Feola, nem Aymoré
Moreira -- e nem Zagallo, embora seu caso seja menos evidente -- tinham
currículo tão extenso.
Nem Parreira, embora
fosse campeão brasileiro pelo Fluminense em 1984, vice pelo Bragantino
em 1991, houvesse dirigido Kuwait e Emirados Árabes em Copas do Mundo.
Aymoré não tinha nenhum título antes da Copa de 62. Feola tinha dois Paulistas pelo São Paulo, em 1948 e 1949.
Experiência conta, é claro, e é por isso que Felipão está de volta, junto com Parreira.
Experiência
é um farol que ilumina para trás, escreveu Pedro Nava. No caso da CBF,
experiência é um escudo repleto de dirigentes atrás.
Se fosse tão fundamental ter conhecimento de seleção, Zagallo não seria campeão em 70 nem Felipão em 2002.
Uma coisa conta mais do que a experiência. Imagem!
A imagem de Felipão ainda dá confiança de que o trabalho será bem sucedido.
Deve ser o fio do bigode.
ABAIXO TODOS OS 59 CONVOCADOS POR FELIPÃO PARA SEUS 25 JOGOS ENTRE 2001 E 2002
RESUMO - 25 JOGOS, 18 VITÓRIAS, 1 EMPATE, 6 DERROTAS
GOLEIROS
Marcos (Palmeiras), Dida (Corinthians/Milan), Júlio César (Flamengo), Rogério Ceni (São Paulo)
LATERAIS
Cafu
(Roma), Belletti (São Paulo), Roberto Carlos (Real Madrid), Júnior
(Parma), Serginho (Milan), Roger (Grêmio), Alessandro (Atlético
Paranaense), Paulo César (Fluminense), Kléber (Corinthians)
ZAGUEIROS
Lúcio
(Internacional), Antônio Carlos (Roma), Roque Júnior (Milan), Cris
(Cruzeiro), Luisão (Cruzeiro), Juan (Bayer Leverkusen), Edmílson (Lyon),
Émerson Carvalho (São Paulo), Ânderson Polga (Grêmio), Daniel (São
Caetano)
MEIO-DE-CAMPO
Mauro Silva
(Deportivo La Coruña), Fábio Rochemback (Internacional/Barcelona),
Émerson (Roma), Juninho Paulista (Vasco/Flamengo), Alex
(Palmeiras/Cruzeiro), Rivaldo (Barcelona), Eduardo Costa
(Grêmio/Bordeaux), Fernando (Juventude), Juninho Pernambucano (Vasco),
Tinga (Grêmio), Vampeta (Corinthians), Leonardo (Milan), Ronaldinho
Gaúcho (Paris Saint-Germain), Zé Roberto (Bayer Leverkusen), Gilberto
Silva (Atlético Mineiro), Kléberson (Atlético Paranaense), Kaká (São
Paulo), Esquerdinha (Santos), Djalminha (La Coruña), Ricardinho
(Corinthians)
ATACANTES
Romário
(Vasco), Euller (Vasco), Ewerthon (Borussia Dortmund), Geovanni
(Cruzeiro/Barcelona), Élber (Bayern), Jardel (Porto), Denílson (Betis),
Guilherme (Atlético Mineiro), Edílson (Cruzeiro), Marcelinho Paraíba
(Grêmio), Ronaldo (Internazionale), França (São Paulo), Luizão
(Corinthians), Washington (Ponte Preta), Marques (Atlético MIneiro),
Alex Mineiro (Atlético Paranaense)
FONTE: GOOGLE
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