Noronha é uma das três únicas locações brasileiras aprovadas pelo Comitê Técnico da ASP e recomendada para sediar eventos com nível Prime, estágio de graduação e importância em prêmios e pontos no ranking logo abaixo do WCT.
Agora a licença para a etapa está aberta e pode ser fechada por qualquer marca do mercado surf ou fora dele.
Para 2013, Geraldo Cavalcanti, conhecido organizador de eventos na região, com quem falei disse que, juntamente com a ABRASP, realizarão um evento de 10 dias, com quatro campeonatos de modalidades distintas: a 1ª etapa do Brasileiro de Surf, a 1ª etapa do Brasileiro de Longboard, a 1ª etapa do Brasileiro de Stand Up Wave e a 1ª etapa do Pernambucano de Surf.
Já há muita gente dizendo que a Mahalo, surfwear da Bahia, vai patrocinar o evento, mas o contrato só será assinado na próxima quinta-feira. “Não quero declarar nada antes de ter o contrato assinado, mas está quase tudo certo. De todo jeito ainda há outras duas marcas com intenção de patrocinar esse festival”, declarou Geraldinho que, sempre brincalhão, completou: “Nem que eu coloque minha foto e de minha família no cartaz, esse evento está garantido”.
O evento, que rola entre os dias 22 de fevereiro e 3 de março foi viabilizado com apoio governamental. Numa reunião com o secretério de turismo estadual, Alberto Feitosa, o presidente da Empetur, André Correia, e o administrador de Fernando de Noronha, Romeu Batista, a história ficou definida. Vai ter competição em Noronha depois do carnaval.
Quanto à volta de uma etapa Prime, Geraldinho acha que ainda é cedo para especulações, mas deixou claro que a própria Hang Loose tem interesse em ser novamente dona da licença. Segundo Roberto Perdigão, Diretor da ASP South America, “ASP busca um novo parceiro para que esta etapa do mundial no Arquipélago Fernando de Noronha retorne ao calendário mundial, em 2014”, a licença desse evento era feita ano a ano e não foi renovada dessa vez, mas pode voltar para as mãos do tradicional dono.
Mesmo que possa não ser financeiramente interessante, filosoficamente faz sentido para a Hang Loose, afinal de contas ela é uma das grandes responsáveis pelos atletas que temos hoje no WCT. Essa e outras gerações cresceram nos circuitos de base como o Surf Attack, bancado pela Hang Loose. O mercado de surfwear mundial passa por um momento frágil, mas há outros componentes nessa desistência e alguns podem ser até interessantes surpresas para o ano que vem, mas nada pode ser dito oficialmente, por enquanto.
CONEXÃO COM SURF
Os eventos em Noronha sempre foram logisticamente mais complexos do que em outras localidades. Ano passado, por exemplo, a transmissão via web foi um vexame, com a ASP retirando o link de sua página oficial, já que não funcionava apropriadamente.
Para esse ano Geraldinho garante que será diferente, pois estão colocando um cabo de fibra ótica vindo do continente. “Fernando de Noronha perde um campeonato de selo mundial, mas ganha um evento do mesmo porte, ou até superior, em termos de estrutura. Trabalharemos para ter a mesma cobertura da mídia, que desta vez terá conexão de internet de primeira linha. Pensar um evento desse porte foi a forma que encontramos de não deixar o surf morrer no arquipélago, considerado o Havaí Brasileiro. Não podemos parar”, afirmou Geraldo Cavalcanti.
Ele também comentou que gostaria de ver a Hang Loose de volta, já que é uma das poucas marcas nacionais com cacife e experiência para realizar uma etapa internacional, mas não descartou a ideia de ter um patrocinador de fora do surf.
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