Em entrevista ao ESPN.com.br, Darlan Borges deu sua versão da história, revela que os problemas começaram antes da Copa São Paulo, quando um dirigente prometeu bancar as passagens, mas voltou atrás, diz estar endividado em mais de R$ 20 mil e promete processar o Nacional-AM.
"O presidente em exercício à época, Gilson Motta, reuniu todos durante um treinamento ainda no começo de dezembro e disse, em nome do governador (Omar Aziz), que o governo pagaria as passagens de ida e volta para a disputa da Copa São Paulo. E isso na frente de todos, comissão técnica e jogadores. Bem, só que as passagens não chegavam, e aí tem aquele período de Natal e Ano Novo, onde os voos estão lotados e você não consegue compra-las. No dia 23 de dezembro, Gilson me falou que não ia dar as passagens, que o governador não ia ajudar. Foi um golpe e tanto. Pensei em desistir de mandar o time, para mim tanto fazia se o Nacional ia ser punido... Mas eu assumi um compromisso com os meninos, e não iria decepcioná-los. Podia ser a última chance de muitos deles no futebol. Então, comprei 18 passagens do meu próprio bolso. Mas para isso tive de vender coisas da minha casa, até um cordão meu que custou R$ 15 mil. Usei cartão de crédito de um amigo... Só conseguimos comprar passagens para o dia 5 de janeiro, na véspera da nossa estreia. O avião saiu de Manaus às 6h, fizemos uma conexão em Brasília e esperamos 18h para pegar o outro avião até São Paulo. Chegamos ao aeroporto de Guarulhos às 23h, mas perderam nossas malas e ficamos duas horas a mais lá. Só fomos para o hotel em Osasco de madrugada, e nossa estreia estava marcada para as 9h de domingo. Os 11 titulares estavam nesse voo, e aí ficou difícil, perdemos por 4 a 1.
Quando perdemos o segundo jogo - 2 a 1 para o Internacional na quarta-feira, 9 - e fomos eliminados, eu comecei a entrar em contato com o Augusto Vasconcellos (supervisor do Nacional) e com o presidente, Luis Mitoso, mas eles não retornavam nem minhas mensagens e nem as ligações. Então, depois do último jogo do grupo - vitória por 3 a 1 sobre o Paulista no sábado, 12 -, e vendo que daí de São Paulo não conseguiria arrumar isso, viajei para Manaus. Se eu não viesse para cá, eles iam estar aí até agora. Encontrei o Augusto, e começamos a buscar as passagens para os meninos.
Eu tinha acertado com o hotel em Osasco para que os seis jogadores, o roupeiro e o preparador físico que não fossem voltar na segunda ficassem lá. Só que na segunda-feira eles me ligaram e disseram que foram expulsos. Por isso, eles foram para Campinas junto com os outros atletas que viajariam para Manaus. Só que a passagem do roupeiro estava marcada para terça, e ele voltou antes. E o preparador físico sumiu depois que eu depositei R$ 100 na conta dele para que todos pudessem ir até Guarulhos de ônibus, pois não havia voo para Manaus via Campinas.
O avião partiria de Guarulhos para cá às 9h, e os jogadores só chegaram ao aeroporto às 9h50, perdendo o voo. Então, tive que remarcar as passagens, e gastei mais dinheiro com isso. No total, com ida e volta, comprei 22 passagens, gastei mais de R$ 20 mil, estou totalmente endividado e ainda devendo para a agência mais quatro passagens. O novo presidente, Mario Cortez, arcou com quatro passagens.
Quando perdemos o segundo jogo - 2 a 1 para o Internacional na quarta-feira, 9 - e fomos eliminados, eu comecei a entrar em contato com o Augusto Vasconcellos (supervisor do Nacional) e com o presidente, Luis Mitoso, mas eles não retornavam nem minhas mensagens e nem as ligações. Então, depois do último jogo do grupo - vitória por 3 a 1 sobre o Paulista no sábado, 12 -, e vendo que daí de São Paulo não conseguiria arrumar isso, viajei para Manaus. Se eu não viesse para cá, eles iam estar aí até agora. Encontrei o Augusto, e começamos a buscar as passagens para os meninos.
Eu tinha acertado com o hotel em Osasco para que os seis jogadores, o roupeiro e o preparador físico que não fossem voltar na segunda ficassem lá. Só que na segunda-feira eles me ligaram e disseram que foram expulsos. Por isso, eles foram para Campinas junto com os outros atletas que viajariam para Manaus. Só que a passagem do roupeiro estava marcada para terça, e ele voltou antes. E o preparador físico sumiu depois que eu depositei R$ 100 na conta dele para que todos pudessem ir até Guarulhos de ônibus, pois não havia voo para Manaus via Campinas.
O avião partiria de Guarulhos para cá às 9h, e os jogadores só chegaram ao aeroporto às 9h50, perdendo o voo. Então, tive que remarcar as passagens, e gastei mais dinheiro com isso. No total, com ida e volta, comprei 22 passagens, gastei mais de R$ 20 mil, estou totalmente endividado e ainda devendo para a agência mais quatro passagens. O novo presidente, Mario Cortez, arcou com quatro passagens.
Fiquei quatro dias sem dormir por causa da situação. Eu fiquei responsável pela base do Nacional, pagava o bilhete de ida e volta dos jogadores para que eles pudessem treinar. Não tem essa de terceirização, não me comprometi a pagar nada da viagem."
FONTE: ESPN
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