quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Pesquisa aponta depressão e drogas como maiores problemas de jogadores de futebol



Uma pesquisa reveladora, feita pela revista inglesa FourFourTwo, apontou a depressão e o consumo de drogas como problemas mais comuns entre os jogadores de futebol britânicos. A publicação ouviu 100 atletas de clubes das quatro divisões profissionais da Inglaterra e do Campeonato Escocês; eles falaram de forma anônima sobre os bastidores da profissão.

Dentre os 100 jogadores ouvidos, 78 disseram que a depressão é um problema grave entre os atletas. Um jogador da terceira divisão inglesa, que não se identificou, deu um depoimento forte. “É um problema que pode afetar qualquer jogador, e sei porque eu estive lá. O caminho mais fácil era desistir de tudo – eu estava em meio às trevas”, disse.

Em 2009, a depressão levou o goleiro alemão Robert Enke a cometer suicídio. O atacante Dean Windass, ex-atleta do Hull City, revelou no ano passado que tentou se matar devido a um estado de depressão motivado por problemas financeiros.

O consumo de drogas também foi citado como uma questão alarmante pelos jogadores. Dos 100 atletas profissionais ouvidos, metade disse que já viu colegas consumindo drogas “recreativas”, especialmente cocaína. “Eles preferem a cocaína porque o corpo elimina a substância rapidamente”, disse um meio-campista do Campeonato Escocês, que também teve o nome mantido em sigilo.

Dentre os jogadores ouvidos, 13 disseram acreditar que há colegas que usam drogas para aumentar a performance; 14 afirmaram que a manipulação de resultados ainda existe e é um problema grave do futebol, enquanto 26 disseram já terem presenciado atos de racismo no futebol.

Os atletas que responderam à pesquisa também mostraram uma tendência de intolerância à abertura do mercado europeu: para 43 deles, há muitos jogadores estrangeiros jogando no continente.

A pesquisa também abordou um tema polêmico no mundo do futebol: a existência de jogadores gays. Para 25 atletas ouvidos, um jogador assumidamente homossexual seria massacrado no mundo do futebol; outros 62 disseram que os colegas não teriam problemas para aceitar um gay como colega de time.

FONTE: ESPN

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