Na última terça-feira, o diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, disparou diversas críticas ao aeroporto de Oruro, na Bolívia, palco do duelo diante do San Jose, pela Libertadores, na semana passada. O dirigente mostrou imagens da situação do local e revelou que o clube enviou imagens à Conmebol provando que a cidade não teria condições de receber um jogo do torneio.
E quando o time esteve lá, as coisas já eram bem diferentes.
O aeroporto Juan Mendoza y Nernuldes (agora chamado de Evo Moráles, o que revoltou os moradores de Oruro) foi reinaugurado em 8 de fevereiro após 36 meses de obras que custaram 19 milhões de dólares com grande festa e muita coisa nova.
Os voos de Oruro partem e chegam - todos lotados - de Cochabamba, Santa Cruz de la Sierra e La Paz. A delegação corintiana, por exemplo, ficou em Cochabamba como base e viajou de fretado até a cidade a mais de 3.700m de altitude poucas horas antes de jogo da semana passada. E o local obedece às normas da Direção de Aviação Civil Internacional.
Divulgação
Saguão de entrada do agora aeroporto Evo Morále
Segundo Roberto de Andrade, o local “tinha esgoto a céu aberto, cachorro atravessando a pista, sem condições nenhuma. Quando fizéssemos o ofício reclamando do aeroporto (no final de janeiro), nós queríamos que o jogo fosse em outro lugar. Tudo o que começa errado tem grandes chances de acabar errado. Sabemos que o regulamento tem validade até a página 2. Se levássemos ao pé da letra, não teríamos jogado lá por causa do aeroporto.”
Durante o duelo, um torcedor do Corinthians atirou acidentalmente um sinalizador naval na direção da torcida do Oruro e acertou a cabeça do jovem Kevin Beltrán, de 14 anos, que morreu quase na hora.
FONTE: ESPN
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