Era a sexta derrota na competição, a segunda consecutiva, e o pedido de desculpas de André Lima, ainda no vestiário, não evitou que a diretoria confirmasse a demissão do treinador no dia seguinte, mesmo depois de repetidos discursos de que estavam “fechados”. Expressão coincidentemente muito utilizada no irregular São Paulo de agora.
A pressão na equipe paulista é até pior do que a que lhe custou o emprego no Botafogo. Apesar de ter findado jejum de quatro anos do clube, conquistando a Sul-americana de 2012, e de liderar o Campeonato Paulista, a campanha na Libertadores é fraca: quatro pontos de 12 disputados. Para piorar, Paulo Henrique Ganso e Lúcio, duas das principais estrelas do grupo, demonstraram descontentamento por terem sido substituídos.
No domingo, a paciência de Ney Franco se esgotou. "Não aceito mais nenhum tipo de reação. Se acontecer de novo, será da parte de algum jogador que está rebelado dentro do grupo. Não vou tolerar esse tipo de reclamação. Os jogadores já entenderam. Se fizerem, não jogarão mais enquanto eu estiver no São Paulo", ameaçou.
Edson Silva e Thiago Carleto, jogadores escalados pelo clube para falar na segunda-feira, não são líderes do elenco nem estavam envolvidos nos atos de rebeldia. O primeiro, porém, opinou com a propriedade de quem conhece o comandante desde o Botafogo – entre a última demissão e a chegada ao São Paulo, Ney Franco treinou o Coritiba e as equipes de base da Seleção.
"Ele sempre foi desse jeito que estão vendo. Certo é certo, e errado é errado. Vai ser sempre desse jeito. Ele tem as decisões dele. Não só ele, como qualquer treinador, tem que impor suas decisões. A decisão que ele tomar está bem tomada", avisou o obediente zagueiro, autor de um dos gols da vaiada vitória de domingo.
FONTE: ESPN
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