O deputado Romário e o filho do jornalista Vladimir Herzog, Ivo Herzog, irão à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na segunda-feira, para entregar a petição “Fora Marin!”, que pede a saída do presidente da entidade. O documento, idealizado por Ivo Herzog e apoiado pelo deputado, teve mais de 54 mil assinaturas e será enviado, também, aos 20 principais clubes do Campeonato Brasileiro e a todas as federações estaduais de futebol.
Vladimir Herzog foi assassinado em 1975, quando estava ilegalmente detido nas dependências do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Informações de Defesa Interna (DOI-Codi), controlado pelo Exército, em São Paulo. No texto em que justifica a petição, Ivo afirma que Marin ajudou a dar sustentação política à ditadura.
O atual presidente da CBF era deputado estadual em 1975, na época em que Vlado foi assassinado. No dia 9 de outubro, Marin pediu providências às autoridades contra a atuação de supostos militantes de esquerda na TV Cultura, conforme está registrado literalmente no Diário Oficial de São Paulo. Dezesseis dias depois, em 25 do mesmo mês, Herzog, que era diretor de telejornalismo da emissora, foi ilegalmente detido e assassinado, após apresentar-se voluntariamente no DOI-Codi.
De acordo com Ivo Herzog, por causa dessa ligação com o autoritarismo, o presidente da CBF não tem condições de permanecer no cargo. "Ter Marin à frente da CBF agora, que estamos nas vésperas da Copa do Mundo no Brasil, é como se a Alemanha tivesse permitido que um membro do antigo partido nazista tivesse organizado a Copa de 2006", afirma.
FONTE: GOOGLE
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