sexta-feira, 5 de abril de 2013

Filho do 'chefão' do futebol argentino comanda maior vexame das categorias de base do país

Humbertito Grondona é o centro do vexame argentino na base

Dois torneios continentais de categorias de base na Argentina em um mesmo ano. A expectativa, como não poderia deixar de ser, era ver a seleção hermana, uma das mais tradicionais do mundo também entre os jovens, brigando pelo título em ambas as competições. O que aconteceu, porém, foi exatamente o oposto. Com Humberto Grondona, filho do ‘chefão’ do futebol local no comando, as equipes sub-20 e sub-17 acabaram se tornando responsáveis por um dos maiores vexames da história.

Em janeiro, mesmo com o astro Juan Iturbe na equipe, a seleção sub-20 da Argentina ganhou apenas um dos cinco jogos que fez no Sul-Americano da categoria e acabou eliminada ainda na primeira fase. Os hermanos são os maiores campeões mundiais na idade, com seis títulos conquistados.

Agora, o vexame está sendo por conta da equipe sub-17. Em dois jogos disputados até aqui no Sul-Americano, duas derrotas: para Equador e Paraguai. A equipe é lanterna do grupo e precisa vencer os três jogos restantes para não ser eliminada de novo ainda na fase de grupos.

Um nome une as duas campanhas: Humbertito Grondona. Filho de Julio Humberto Grondona, presidente da AFA (Asociación del Fútbol Argentino) e também vice-presidente da Fifa, ele era o coordenador das seleções de base no Sul-Americano sub-20. Deixou o cargo para voltar a ser treinador e assumiu justamente a seleção sub-17.

Humbertito Grondona foi um volante na década de 80. Nunca, porém, deixou o futebol argentino. Passou por Tigre, Deportivo Morón, Comodoro Rivadavia, Gimnasia y Esgrima, León e duas vezes pelo Arsenal de Sarandí – time que também é da família Grondona.

Argentina está perto de vexame no Sul-Americano sub-17

Como treinador, teve bons resultados nas categorias de base. Ganhou seis títulos com os jovens uruguaios do Nacional, chegou a dirigir a seleção mexicana e até trabalhou no Brasil, com passagens por Santos (assessor presidencial em 2005) e Corinthians (consultor em 2006).

Tornou-se diretor das categorias de base da seleção em 2009 e não conquistou nenhum título desde então. Por tudo isso, não escapa das críticas da Argentina. Até mesmo Maradona atacou Humbertito. “Enquanto ele, que nunca pegou num bola, for diretor, prefiro nem voltar para a seleção”, disse.

'Rabo preso' - Humbertito enfrenta as críticas na seleção, mas a maioria delas acaba calada justamente pelo poder político que tem. A situação é a mesma vivida pelo seu irmão, Julio Ricardo, presidente do Arsenal de Sarandí. Nenhum outro time, porém, tem forças para questionar um suposto favorecimento ao Arsenal. O motivo é simples: todos têm dívidas com a AFA e preferem não se expor em um momento financeiro ruim para o futebol local.

FONTE: ESPN

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