segunda-feira, 22 de abril de 2013

Para Felipão, volante goleador só é bonito para a imprensa



Na reta final de sua primeira grande missão como técnico da seleção, o técnico Luiz Felipe Scolari ainda tenta encontrar sua formação ideal para disputar a Copa das Confederações em junho. E, aos poucos, o comandante que assumiu a equipe em novembro do ano passado, começa a dar sua cara ao time. O meio-campo, por exemplo, é uma das principais preocupações dele na equipe.

Isso porque, recentemente, o Brasil começou a revelar muitos volantes com características ofensivas, daqueles que partem mais para o ataque, como Paulinho, do Corinthians e Ramires, do Chelsea. Mas, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira, Felipão já deixou claro que não gosta muito dessa ideia de ‘volante-atacante’. E deu mostras de que sua equipe apostará em um estilo de meio-campo mais defensivo, como nos velhos tempos.

“A seleção ganhou em 1994 e quem eram os volantes? Mauro Silva e Dunga. 2002? Gilberto Silva e Kleberson. Essa história de volante goleador é muito bonita para a imprensa. É bonito, só não é bonito para o técnico e o time. Quando tu tens laterais como os nossos, Daniel Alves e Marcelo, tem que ter proteção”, explicou o comandante.

Felipão até gosta de volantes como Paulinho e Ramires que, mesmo tendo características mais ofensivas, são nomes constantes nas convocações do treinador. A orientação dele para os dois, no entanto, é sempre de que eles têm que segurar mais na defesa, enquanto os laterais Marcelo e Daniel Alves são os encarregados de partir mais para o ataque.

Além das novas definições de meio-campo, Felipão admite que ainda precisa ‘padronizar’ o futebol da seleção brasileira para chegar bem à Copa das Confederações. E o técnico terá somente mais o amistoso de quarta-feira, contra o Chile, para terminar todos os seus testes e decidir quem será o time que irá vestir a camisa verde e amarela na competição de junho.

"Já temos uma base, um estilo de jogar. Faltam algumas definições, treinar algumas alternativas", explicou Felipão, que ainda aproveitou para fazer uma análise dos rivais. “O Brasil não é favorito absoluto [na Copa]. Está no nível dos outros. Não temos diferença nenhuma para os outros. O que falta é a definição total de como jogar. Aí nossa qualidade entra”, explicou.
Falando sobre a situação em que assumiu a seleção brasileira, Felipão reiterou que tem como grande objetivo na equipe fazer o povo voltar a acreditar que o Brasil pode ser campeão do mundo em 2014 e revelou que já tem recebido muito apoio dos torcedores nessa missão.

"Resgatar a imagem que a seleção é importante, como jogo de futebol e como emblema. A gente vem fazendo um pouquinho, melhorando essa imagem. Quando saio, o que eu mais ouço nos aeroportos ou em qualquer lugar é que 'Estamos contido', que 'Agora vai'. Eu passo a ideia de que vamos ganhar, de que temos condições de ganhar", concluiu.

A seleção brasileira entra em campo nesta quarta-feira às 22h para enfrentar o Chile em Belo Horizonte apenas com jogadores que atuam no Brasil. Depois, o time de Felipão ainda terá amistosos contra Inglaterra e França, mas aí já com a convocação do time que disputará a Copa das Confederações em junho.


FONTE: ESPN

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