Quando começou a praticar o esporte Raphael tinha 10 anos e só conseguia chegar as aulas em cadeira de rodas. Hoje em dia chega à escolinha caminhando acompanhado da mãe.
A evolução de Raphael surpreendeu a todos.Diagnosticado ainda pequeno com paralisia cerebral os médicos disseram que ele não teria a capacidade de andar, falar ou sentar.
Aos 9 anos, após uma cirurgia o menino passou a usar a cadeira de rodas.
Foi quando Fabiana, mãe de Raphael, conheceu um profissional de fisioterapia que indicou as aulas de surf. Mesmo com medo, Fabiana resolveu levar o menino para a Escola Radical, em Santos, a primeira pública de surf no país, coordenada por Cisco Araña.
O professor Leonardo Scarpa acompanhou o menino nos primeiros dias de aula.
"Ele veio para cá no formato da cadeira de rodas, bem travadinho mesmo. Ele não tinha muito controle do pescoço. Mas, pelo simples fato de ficar deitado na prancha, ele tinha que levantar para não ir água no rosto e na boca dele", explica.
Usando brincadeiras e alongamentos antes de entrar na água o professor foi ganhando a confiança do aluno e da mãe dele.
"Com 8 meses de aulas, no Dia das Mães, fui colocar a roupa na máquina de lavar e, quando voltei para a sala, ele estava em pé e deu 8 passos. Foi uma surpresa", Conta a mãe, sem esquecer que os profissionais afirmavam que seu filho nunca andaria.
Pra ela o surf foi responsável pela melhora da locomoção e também da fala de Raphael.
Cisco Araña foi o responsável por criar a escolinha pública de surfe de Santos. Ele teve a oportunidade de lidar com pessoas de todas as idades e com diversas deficiências, promovendo a inclusão.
O professor aposta no surf como um meio social para agregar idosos, deficientes e todos os tipos de pessoa no mar.
FONTE: Ricosurf
Com informações do site G1
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