Uma terceira derrota seguida, após os investimentos feitos no futebol no país, colocaria em cheque todo o trabalho de Klinsmann à frente da equipe. No mínimo, elevaria a temperatura das críticas ao treinador após a não convocação do astro Landon Donovan, maior artilheiro da história da seleção americana. Mas o alemão não vê sentimento de revanche no terceiro encontro com Gana numa Copa. Ele garante que encara a partida como uma chance de mostrar evolução após os anos de trabalho à frente da equipe.
Klinsmann observa os jogadores suarem a camisa. Para ele, nada de clima de revanche contra Gana (Foto: AP)
– Não encaro assim, realmente. Estamos trabalhando muito há alguns anos (desde 2011) e temos nos esforçado bastante para melhorar e evoluir. Para mim, não há jeito melhor de mostrar evolução do que enfrentar o adversário que o derrotou duas vezes seguidas. Ganhar esse jogo é dar um passo adiante e atingir o próximo nível – disse o treinador na coletiva de imprensa oficial realizada no domingo.
Não jeito melhor de mostrar evolução do que enfrentar o adversário que o derrotou duas vezes seguidas.
Jürgen Klinsmann, técnico dos EUA
Principal nome do time na ausência de Landon Donovan, o atacante Clint Dempsey compartilha do pensamento de Klinsmann, mas acredita que cada Mundial é uma volta à estaca zero, pela rápida evolução do futebol mundial.
– Gana é uma boa equipe e foi bem nas últimas Copas. Mas, ao mesmo tempo, cada Copa começa do zero. Precisamos provar ao mundo as nossas qualidades e temos a chance de mostrar o quanto desenvolvemos o esporte no nosso país.
Também presente à coletiva, o meia Michael Bradley deixou claro que os jogos passados não importam mais para ele e seus companheiros.
– Falamos muito durante os amistosos preparatórios sobre desenvolver a confiança e trabalhar o que precisava ser melhorado. As derrotas (para Gana) fazem parte do passado, não pensamos mais nisso. O que temos de fazer é ir lá e enfrentá-los.
Ao lado de Boateng, Asamoah Gyan deixa o último treino. Para ele, EUA vão querer se vingar (Foto: AP)
Claro que não querem perder pela terceira vez. Eles vêm para se vingar, sim, mas estamos prontos.
Asamoah Gyan, atacante de Gana
– A expectativa é alta no nosso país, onde todos esperam que façamos a mesma campanha de 2010 – diz ele, lembrando da fatídica eliminação diante do Uruguai nas quartas de final. – Diversas vezes fomos considerados zebras, mas acreditamos em nós mesmos. Temos jogadores jovens e talentosos, em ótima forma. Sabemos que os EUA são um adversário duro, mas temos de pensar em nós mesmos. Quando entramos em campo, a tática é de guerra. Todo mundo espera vencer, e vai ser bastante interessante.
Apesar da negativa de Klinsmann, o atacante acredita que os Estados Unidos entrarão em campo com o espírito de revanche. E tem motivo para isso: foi dele o gol da vitória das Estrelas Negras em 2010.
– Claro que não querem perder pela terceira vez. Eles vêm para se vingar, sim, mas estamos prontos – garantiu Gyan, que não se incomoda com o fato de Gana não ser considerada favorita no grupo. – Os outros times é que são favoritos. Isso está estatisticamente comprovado, mas o futebol nem sempre é feito de estatística e nome. Vimos muitas surpresas no torneio, e não posso dizer o que vai acontecer. Gosto de ser considerado o azarão.
FONTE: GLOBO ESPORTE
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