quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Kleber deve ser denunciado de novo e pode ser julgado como reincidente


O atacante Kleber, do Vasco, que já enfrentou o Vila Nova sob efeito suspensivo concedido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), onde foi condenado em primeira instância por ato hostil, deverá ser novamente denunciado. Ele foi inicialmente punido com dois jogos de gancho pela mão no rosto de Alisson, na partida contra o Paraná, há 18 dias, em São Januário. O julgamento no Pleno do STJD ainda não tem data. Desta vez, a mão de Kleber foi ao rosto do zagueiro Gustavo, do Vila Nova, na terça-feira, no Mané Garrincha, em Brasília, e, de acordo com o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, ele deverá ser denunciado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de agressão.

O artigo citado pelo procurador prevê suspensão de quatro a doze partidas para o infrator. O caso de Kleber ainda pode ser agravado se for condenado pelo Pleno do tribunal no primeiro processo antes de o tapa em Gustavo ser analisado em primeira instância. Se isso ocorrer, ele será considerado reincidente e poderá ter pena mais pesada. Schmitt explicou que, para que seja considerado reincidente, ele precisa ter sido condenado em última instância no STJD nos últimos 12 meses. O procurador, contudo, não soube confirmar no momento se há outras condenações anteriores que já imponham essa condição.

- Solicitei as imagens e ele deve ser denunciado no artigo 254-A. Não sei como está a ficha dele, mas é considerado reincidente apenas se, ao momento de um jogo julgamento, foi condenado de forma definitiva nos últimos 12 meses. Se, por exemplo, ele for julgado na próxima semana por uma comissão disciplinar por esse fato, e o Pleno não tiver julgado e condenado pelo outro fato e desde que ele não tenha nenhuma condenação nos últimos 12 meses, não será considerado reincidente - esclareceu Schmitt, que afirmou já ter solicitado as imagens da partida desta terça-feira pela Série B para proceder com a denúncia.

O advogado do Vasco que representou o atleta no primeiro caso, Osvaldo Sestário, afirmou que não viu o lance e ainda não conversou com o jogador. Por isso, não quis analisar o caso neste momento.

- Prefiro me posicionar depois - limitou-se a dizer.

Após a partida, o atacante falou sobre o "desentendimento" com o zagueiro rival ao SporTv.

- Isso é jogo, futebol, não dá bom dia, boa tarde, amigo, obrigado, não, isso aqui é futebol, vai acontecer desentendimento. As pessoas que estão de fora têm de entender que isso aqui é futebol. Às vezes você está ganhando, perdendo, é normal que um ou outro fique chateado, fique bravo, é normal, é futebol. Depois do jogo conversa e se entende.

FONTE: VICENTE SEDA

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