Neymar e Messi estão se entendendo muito bem em campo nesta temporada
Na temporada 2013-14, o Barcelona era o time em que Neymar procurava Jordi Alba, que procurava Iniesta, que procurava Xavi, que procurava Alexis, que procurava Daniel Alves, que procurava Messi... E o time não encontrou mais que o título da Supercopa da Espanha.
Nesta quarta-feira, sob nova direção - Luis Enrique assumiu o comando técnico - e com o elenco mais reformulado da última década, o clube catalão estreia na Champions League. O adversário, no Camp Nou, será o Apoel, do Chipre; a bola rola às 15h45 (horário de Brasília), com transmissão da ESPN Brasil a partir das 15h.
E dentre as muitas fórmulas para o sucesso, uma tem se provado eficiente no pouco que já se viu do novo time até agora.
Na temporada 2014-15, o Barcelona é o time em que Neymar procura Messi, e Messi procura Neymar.
Até agora, em três partidas oficiais, a dupla jogou junta apenas 58 minutos. Suficiente para trocarem 19 passes entre si - nove de Neymar para Messi, dez de Messi para Neymar.
Um passe a cada 3min03s. E, até agora, duas assistências, ambas de Messi para Neymar, na vitória por 2 a 0 sobre o Athletic Bilbao.
Nos cinco primeiros jogos da temporada 2013-14, Neymar e Messi haviam atuado juntos durante 201 minutos, trocando 23 passes. Uma interação a cada 8min44s. Eles demoravam quase três vezes mais para se encontrar em campo.
Houve, claro, as lesões de ambas as partes. Mas há pelo menos um dado que mostra que a dupla, de fato, não engrenou como se esperava: durante toda a temporada, Messi não deu uma única assistência a Neymar.
Uma das explicações para o novo momento do dueto é a disposição tática. Luis Enrique tem dado mais liberdade a Messi; e também a Neymar. O ataque, mais fluído, agora tem jogadores com mais possibilidades de movimentação.
"A intenção é ter uma equipe que tenha diferentes alternativas, que seja imprevisível", afirmou o técnico, teorizando. Na prática, o que ele fez foi moldaro sistema ofensivo em cima das características do argentino - e, em menor escala, do brasileiro.
"Em minha experiência como treinador, que é pouca, mas já é alguma coisa, o que tento fazer é adaptar a equipe e o modelo de jogo às características dos jogadores", explicou o treinador.
O desenho tático é a explicação mais plausível para o melhor aproveitamento da parceria. Porque, para quem está no vestiário e acompanha os treinamentos, a relação entre os dois craques continua igual em comparação com o ano passado.
"O que vemos neste ano é mais do mesmo. Já era assim no ano passado. Agora por causa das assistências as pessoas pensam que estão mais conectados, mas sempre foi assim", afirmou o zagueiro Gerard Piqué.
"Acho que os dois têm muitíssima qualidade e, quando se unem, a conexão é boa, como vimos outro dia", completou o defensor, referindo-se ao duelo de sábado, contra o Athletic Bilbao.
Dúvidas - Mesmo com três vitórias em três jogos na Liga Espanhola e ainda sem sofrer gols em jogos oficiais, Luis Enrique ainda não tem um time-base definido e costuma fazer mistério sobre suas escalações.
Para o duelo contra o Apoel, não foi diferente: a lista de titulares só sairá uma hora antes do início da partida. E as dúvidas que pairam sobre a formação do time são muitas.
Os questionamentos começam já no gol: Claudio Bravo foi titular nos três jogos da Liga Espanhola e não foi vazado, mas Marc-Andre Ter Stegen pode começar jogando para pegar ritmo.
Na lateral-direita, Daniel Alves se recupera de um incômodo no joelho; Montoya seria o substituto natural, mas há a possibilidade até de que Douglas possa fazer sua estreia. "Ele está pronto para quando eu precisar", afirma Luis Enrique.
No centro da defesa, quatro jogadores disputam duas vagas: Javier Mascherano e Jérémy Mathieu foram titulares contra o Athletic Bilbao no sábado, mas Gerard Piqué e Marc Bartra podem assumir a posição. Thomas Vermaelen segue machucado. Na lateral-esquerda, Jordi Alba não entrou na lista, e o brasileiro Adriano deve estrear na temporada.
No meio-campo, mais pontos de interrogação. Busquets não foi relacionado - Xavi, Iniesta, Rakitic e Rafinha disputam três vagas. O jovem Sergi Samper, do Barcelona B, corre por fora.
O ataque parece o setor mais definido. Neymar ainda não começou como titular nesta temporada, mas é possível que ele inicie jogando ao lado de Messi no ataque; Munir, Sandro e Rafinha podem ser o terceiro homem no setor.
FICHA TÉCNICA
BARCELONA X APOEL NICÓSIA
Data: 17 de setembro (quarta-feira), às 15h45 (de Brasília)
Estádio: Camp Nou, em Barcelona (Espanha)
Árbitro: Deniz Aytekin (Alemanha), auxiliado pelos compatriotas Guido Kleve e Markus Hacker
BARCELONA: Bravo; Daniel Alves, Mathieu, Piqué (Bartra) e Adriano; Xavi (Samper), Iniesta (Rafinha) e Rakitic; Munir, Messi e Neymar
Técnico: Luis Enrique
APOEL: Urko; Mario Sergio, João Guilherme, Carlão e Antoniadis; Tiago Gomes, Nuno Morais, Vinícius e Manduca; Sheridan e De Vincenti
Técnico: Giorgos Donis
FONTE: ESPN
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