sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Lições que o freguês deve levar para 2015
Chamar o que fez e faz Vanderlei Luxemburgo em 2014 no Flamengo de "milagre" é injusto, com Luxa e com o milagre.
O Flamengo de julho a dezembro, bem diferente do Flamengo entre janeiro e junho, operário, limitado, esforçado, foi suficiente para permanecer na primeira divisão, o que, no final das contas, provou-se bem menos complicado do que parecia. Deve constar do respeitável currículo do treinador como um bom trabalho.
A quatro dias de completar quatro meses no cargo, tendo já assinado contrato com o clube até o fim de 2015, Luxemburgo fez a alegria do noticiário com sua maneira particular de discutir futebol: direta, honesta, às vezes malandra, diferente do Vanderlei pedante, do terno e da gravata, sempre vítima, falando em "projeto", "sequência", "situação", quase folclórico.
Dentre as muitas declarações do treinador, uma está em total harmonia com uma lição consolidada no futebol em 2014. Diante de um adversário fragilizado, desarrumado e desorientado, só há uma atitude possível: fazer gols. Dez, vinte, trinta. Exercer superioridade técnica é praticar o esporte no nível que ele merece.
É o que deveria ter feito o Flamengo contra o Sport há dez dias, disse, em resumo, Luxemburgo. Assim fez a Alemanha do fatídico 7 a 1. Assim fez o Cruzeiro, implacável durante todo o campeonato brasileiro. Assim fez o Atlético Mineiro nos dois últimos confrontos com o Flamengo.
Planejando 2015, fazendo "dinâmicas de grupo" nas rodadas que restam no Brasileiro para saber quem vai e quem fica, Luxemburgo certamente levará o confronto em Recife e os dois últimos em Minas como exemplo do que não fazer na próxima temporada. Antes, há de reconhecer as limitações do que tem/terá em mãos. É um começo.
FONTE: ESPN
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