Em entrevista publicada neste sábado pela revista portuguesa "Expresso", Villas-Boas expôs sua visão quanto à situação nos dois clubes londrinos durante e logo depois de sua passagem e fez críticas a seus sucessores.
"Cometi bastantes erros na Inglaterra e talvez tenha sido muito agressivo com a imprensa. Queria defender meus jogadores e o clube, e, no final, quando olhei a meu ao redor, não havia ninguém comigo. Sempre fui maltratado", considerou.
Sobre a traição nos tempos de Chelsea, ele foi taxativo em confirmá-la. "Inclusive foi algo público. Ashley Cole assumiu isso. E, embora seja digno ele reconhecer agora, não posso aceitar", criticou.
Recentemente, Ashley Cole, atualmente na Roma, revelou que alguns jogadores não entravam duro por Villas Boas, mas que isso mudou quando o treinador saiu do Chelsea e Roberto Di Matteo, então auxiliar do português, assumiu a função e levou a equipe à conquista do inédito título da Champions League.
Sobre Di Matteo, o técnico disse que ficou decepcionado pelo fato de o italiano ter aceitado assumir o time em vez de sair com o restante da comissão técnica. "Optei por contar com ele como auxiliar mesmo contra a vontade da diretoria", recordou Villas-Boas, que foi mais duro ainda ao falar de Tim Sherwood, que ficou com seu lugar no Tottenham.
"Tim não fazia parte da minha comissão técnica, mas eu alertei ao presidente que seria prejudicial para o clube. Ele continuou depois da minha saída e sua liderança resultou em uma ruptura extrema entre os jogadores e o treinador", comentou.
Por fim, o técnico ainda reconheceu que não planejava dirigir um time como o Zenit. Sua expectativa era estar à frente de uma equipe de menor investimento para depois voltar a conquistar títulos.
FONTE: ESPN
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