A excelente performance de Filipinho, que desde a segunda fase apresentou um surf incrivelmente veloz, forte e fluido, foi coroada com uma final épica. O brasileiro foi muito ativo na bateria e começou com uma nota 8.00, depois arrancou duas notas 9 (9.60 e 9.17) e no minuto final, quando Julian tinha a prioridade e precisava de 9.67 para virar, estraçalhou uma direita, levantou a galera tupiniquim na praia e antes mesmo da nota 10 ser divulgada ele já tinha sido coroado o campeão da etapa. Julian perdeu precisando de 19.61 pontos.
No total foram seis notas na casa dos 9, além do 10. A primeira foi no round 3, a segunda na quarta fase e todas as outras nesta sexta-feira, dia das finais do Quiksilver Pro Gold Coast. Nas quartas ele arrancou 9.67 sem usar a sua principal arma: o aéreo. A nota ajudou e muito na vitória sobre o australiano Bede Durbidge por 17.37 a 16.23.
Na semi o adversário foi o conterrâneo Adriano de Souza e ele manteve o surf ágil e power. Filipe, que seguiu na estratégia de pegar muitas ondas, também arrancou um 9 (9.40) e deixou Adriano, que boiou muito, precisando de duas notas pra reverter o placar (17.24). E os últimos dois high scores 9 foram na final, mas ele nem precisou de um deles, pois fez um 10.
Com a vitória de Filipinho o Brasil segue na ponta do ranking da WSL, que terminou 2014 com Gabriel Medina no topo, e agora é bicampeão da etapa de Snapper Rocks, vencida por Medina no ano passado.
Miguel, Adriano e Wiggolly
O Brasil chegou nas semifinais com três atletas contra um da Austrália. E quase deu final brasileira em Snapper. Miguel Pupo, que superou Wiggolly Dantas numa dura batalha nas quartas de final, encarou Julian Wilson. O brasileiro atacou as direitas com manobras verticais e fortes, jogando muita água para o alto. Com essa performance ficou na frente até os 20 segundos finais, quando uma onda salvadora subiu para o australiano que fez três manobras, sendo a última um aéreo rodando. Miguel ainda pegou a onda de trás, mas passou a precisar de 8.89 e conseguiu 8.23 pontos.
Miguel, que em 2014 tinha terminado a prova em quinto, melhorou neste ano e ficou na terceira posição. Já Adriano de Souza repetiu o resultado do ano passado (3º). Wiggolly, que fez sua estreia no WCT de Snapper Rocks, ficou na quinta posição.
Silvana
No evento feminino deu a havaiana Carissa Moore, que na final derrotou a australiana atual campeã mundial, Stephanie Gilmore, que já venceu o evento de Snapper cinco vezes e que defendia o título neste ano.
Silvana Lima parou nas quartas de final. Na bateria contra Stephanie, a brasileira boiou muito e surfou apenas três ondas. Ela até começou bem, mas a australiana de tanto tentar, achou uma onda com potencial e assumiu a liderança para não sair mais. Em seu retorno ao grupo de elite Silvana começou com um quinto lugar.
Próxima etapa
A próxima etapa do WCT, que acontece em Bells Beach entre os dias 1 e 12 de abril, já teve dois brasileiros campeões: Silvana Lima e Adriano de Souza.
E mais uma vez o Brasil vai chegar na tradicional etapa com um integrante no topo do ranking.
Final do Quiksilver Pro Gold Coast
Campeão - Filipe Toledo (BRA) 19.60
Vice-campeão - Julian Wilson (BRA) 14.70
Semifinais
1ª - Julian Wilson (BRA) 16.26 x 15.60 Miguel Pupo (BRA)
2ª - Filipe Toledo (BRA) 17.23 x 10.34 Adriano de Souza (BRA)
Quartas de final
1ª - Miguel Pupo (BRA) 13.70 x 13.67 Wiggolly Dantas (BRA)
2ª - Julian Wilson (AUS) 17.44 x 11.17 Taj Burrow (AUS)
3ª - Adriano de Souza (BRA) 15.07 x 13.23 Mick Fanning (AUS)
4ª - Filipe Toledo (BRA) 17.37 x 16.23 Bede Durbidge (AUS)
Final feminina
Campeã - Carissa Moore (HAW) 18.43
Vice-campeã - Stephanie Gilmore (AUS) 15.50
Semifinais
1ª - Stephanie Gilmore (AUS) 16.26 x 11.53 Tatiana Weston-Webb (HAW)
2ª - Carissa Moore (HAW) 16.86 x 16.06 Tyler Wright (AUS)
Quartas de final
1ª - Tatiana Weston-Webb (HAW) 14.23 x 11.93 Malia Manuel (HAW)
2ª - Stephanie Gilmore (AUS) 16.00 x 14.17 Silvana Lima (BRA)
3ª - Tyler Wright (AUS) 15.33 x 13.40 Courtney Conlogue (EUA)
4ª - Carissa Moore (HAW) 17.67 x 15.03 Lakey Perterson (EUA)
FONTE: Carlos Matias
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