Na melhor bateria do dia Miguel Pupo deu
show nos tubos para vencer Yadin Nicol. Dos 5 brasileiros no 2º round
perdemos apenas Willian Cardoso e Jadson André.
No
Billabong Pro Tahiti a sexta-feira [17/08] começou com a 3ª bateria do
segundo round. Na quinta-feira Mick Fanning, líder do ranking, havia
passado por Alain Riou e Ricardinho dos Santos, brasileiro que venceu as
triagens, mandou Jordy Smith para casa mais cedo.
Na 4ª bateria do 2º round faltaram ondas
na disputa entre Willian Cardoso e Julian Wilson. Mas Wilson, vindo de
uma boa vitória na etapa Prime da Califórnia, conseguiu lidar melhor com
as poucas oportunidades. Restart na bateria seguinte, mais de 10
minutos sem sequer uma onda surfada. Dusty Payne estava chateado.
Ele
adora o pico, mas não havia aquelas ondas. Talvez por isso ele tenha
começado um campeonato de mergulhos ornamentais, voando do lipe nas duas
primeiras tentativas de onda e partindo sua prancha. De repente, em
alguns minutos, Jeremy encontrou a boa e passou bonito por dentro. Dusty
respondeu num tubo mais deep, porém, mais curto. Jeremy já vinha na de
trás [9.17]. Resolveram estender as disputas de 30 para 35 minutos.
Estava
ansioso para ver Alejo Muniz e Jadson André, na 6ª bateria. Torcer para
quem? Esse era meu problema. O deles era o vento que apertou e as ondas
que estavam imprevisíveis, quando apareciam.
Jadson
abriu a disputa, mas Alejo marcou 5.67 e 6.33 em suas duas primeiras
ondas, sentou mais para dentro da bancada e esperou. Jadson, voltando de
contusão e uma derrota inesperada no US Open, foi em todas as ondas
possíveis, com ou sem a prioridade.
Boa
tática. Em alguns minutos ele conseguiu diminuir a diferença, mas não
chegou aos 7.20 que precisava para virar. Gostei da sinceridade do Alejo
ao dizer que não é tão bom em tubos de backside, mas acho que não
precisava espalhar.
SHOW DE TEAHUPUPO
Um tubo aqui, uma manobra ali para animar. Kieren Perrow venceu Tiago Pires com dois tubos interessantes. Mas, talvez por efeito da maré, a situação mudou completamente. Para melhor.
Um tubo aqui, uma manobra ali para animar. Kieren Perrow venceu Tiago Pires com dois tubos interessantes. Mas, talvez por efeito da maré, a situação mudou completamente. Para melhor.
Na
8ª bateria do dia Miguel Pupo enfrentou Yadin Nicol que fez 7.67 num
tubo que emendou num segundo, no bowl de oeste. Pupo veio logo atrás, na
da série, num dos tubos mais fundos do dia. Acelerou e acelerou até
onde pode para sair ileso e com 9.50.
Miguel
dominou a situação e conseguiu outra onda boa, com um belo e longo
cutback [7.87], Yadin respondeu com tubo longo e clean [8.70]. Os dois
não utilizaram muita tática. Haviam ondas e simplesmente pegaram todas
que puderam, mas Miggy escolheu melhor. Dominou os tubos com ótima
técnica e mostrando classe.
Foi uma
boa briga entre um goofy, Miguel, contra um regular, Yadin que, mesmo
com 8.70 e 8.27, notas altas para o dia, estava “na combi”, ou seja,
precisando de duas ondas para alcançar a somatória de Miguel [9.50 e
9.47] fora o baile. Resultado: 18.97 X 16.97 e Miggy ainda descartou 9
pontos.
Deu um show de colocação nos
canudos pesados de Teahupoo, andando na bola de espuma que fica dentro
dos tubos como poucos goofys. Esse rookies fizeram a melhor bateria do
dia! Nada mal para a primeira vez de Miguel no Tahiti. Surgiu até a
brincadeira de chamá-lo de “TeahuPupo”. Mais uma bateria assim e o
apelido pode pegar.
STAND BY
Damien Hoobgood é um expert, entuba muito e venceu Matt Wilkinson, irritado pela falta de ondas. A ideia era entrar logo no jogo. Pegar qualquer tubinho. Não era possível saber se haveriam ondas melhores. Na maioria das baterias não houve mesmo. Brett venceu Adam Melling assim. Daí o evento entrou em espera.
Damien Hoobgood é um expert, entuba muito e venceu Matt Wilkinson, irritado pela falta de ondas. A ideia era entrar logo no jogo. Pegar qualquer tubinho. Não era possível saber se haveriam ondas melhores. Na maioria das baterias não houve mesmo. Brett venceu Adam Melling assim. Daí o evento entrou em espera.
Algumas
horas depois recomeçou. Fred Patacchia é perigoso nesse tipo de mar.
Manter a linha, acelerando nas profundezas de uma onda maior, saindo por
baixo do lipe antes dela fechar completamente. Fez um 9.00 contra Bede
Durbidge que teve que esperar a série que nunca veio para dar a
resposta. É a segunda vez consecutiva que isso acontece com ele no
Tahiti. Kai Otton se expremeu nos tubinhos tão bem que conseguiu 9.43.
Ele e Travis Logie, que já surfa agachadinho mesmo, fizeram uma bateria
que definiu o resto do dia. O 9 e tralalá do Kai foi a única onda de
verdade. Campeonato cancelado. Hoje, só amanhã.
- Bateria 1: Mick Fanning 17.60 X 16.63 Alain Riou
- Bateria 2: Ricardo dos Santos 15.37 X 9.67 Jordy smith
- Bateria 3: Julian Wilson 11.50 X 11.50 Willian Cardoso
- Bateria 4: Jeremy Flores 17.50 X 8.73 Dusty Payne
- Bateria 5: Michel Bourez 12.33 X 3.40 Patrick Gudauskas
- Bateria 6: Alejo Muniz 12.00 X 8.97 Jadson Andre
- Bateria 7: Tiago Pires 10.00 X 16.60 Kieren Perrow
- Bateria 8: Miguel Pupo 18.97 X 16.97 Yadin Nicol
- Bateria 9: Damien Hobgood 14.60 X 10.34 Matt Wilkinson
- Bateria 10: Brett Simpson 10.27 X 3.43 Adam Melling
- Bateria 11: Bede Durbidge 9.67 X 15.50 Fredrick Patacchia
- Bateria 12: Kai Otton 13.73 X 5.67 Travis Logie
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