Dos 5 brasileiros nas oitavas de final da etapa Prime, NIKE US Open, em Huntington Beach, Califórnia, só Jesse Mendes não passou para as quartas de final, mas fez uma bela bateria.
Miguelito, integrante da esquadra de vôos do Brasil, manda aéreos muito extensos e expressivos. Numa direita mandou 3 pauladas de back dignas das palmas do público [americano] na areia. Kai Otton parecia pertencer à outra categoria diante da leveza e versatilidade de Miguel Pupo. 13.87 x 8.70, sem choro nem vela.
Nesse evento Dane Reynolds apresentou uma vontade competitiva que eu ainda não havia presenciado. Não exagera nem desperdiça ondas com tentativas mirabolantes. Acho que deve estar em época de renovar a patrocínio, sei lá. Nathaniel pegou a malhor onda da bateria e estava na frente, focado. Nos últimos minutos Dane tira da cartola uma daquelas manobras que faz a praia gritar. Aéreo rodando de back na junção. Foi até o inside espremendo o que havia para tirar da onda. Virou: 16.90 x 16.70. Nas quartas enfrentará Kelly.
Gabriel Medina me impressiona a cada dia. Velocidade extrema, radicalidade consciente. O reverse em alta velocidade na junção, seus tradicional aéreo rodando, quando a onda pede, seguido de paulada quase na pilastra ou reverse na beira, layback cheio de estilo e confiança mostraram isso. O havaiano Granger Larsen não teve chance. Quando Gabriel começa a pegar muitas ondas sem errar a coisa fica feia para os oponentes. Foi o caso, mais uma vez. Granger na combi: 15.90 x 9.23. Ok, não há tanta gente em volta dele, mas Gabe leva quase o mesmo tempo que Slater para voltar ao palanque.
Adriano é a ponta de lança do time que se encaminha para as quartas. Exemplo seguido pelos atletas mais jovens. Opa, pensando bem, Adriano ainda é jovem. Não se esqueçam disso. Ele ainda não atingiu seu ápice. Seu foco é impressionante, assim como seu surf. Acho que seu aéreo foi o mais alto do dia. Pena que poucas ondas na bateria não proporcionaram um show ainda melhor. No último segundo Mineiro ainda consolidou sua vitória. 14.57 x 11.40.
John John Florence embicou depois da manobra. Essas pranchas mais largas e com menos curva de fundo acabam facilitando esses erros, especialmente quando a onda engorda. JohnFlo estava na frente e foi para perto do píer. Keanu Asing não o seguiu. Há 3 coisas recorrentes nas baterias. Aéreos rodando não finalizados, finalizados ou realizados com maestria. Até aqui os brasileiros estão dando aula nesse último quesito. JonFlo, mesmo sem voar foi eficiente e finalizou bem para marcar7.77. Depois, numa onda sem potencial, mandou aéreo rodando [8.93]. Asing respondeu com pauladas de back e chegou aos 8.10, mas ficou por ali. 16.70 x 14.10.
Julian Wilson nuca se deu bem aqui. Brett Simpson já venceu duas vezes. Com um pouco mais de ondas poderia ser mais interessante. Mas Julian conseguiu melhor aproveitamento, principalmente no inside.
Domingão de finais em Huntington. Os brasileiros estarão nas semis. Filipe enfrentará Miguel. Aliás, ficou tudo equilibrado. Dane e Slater vão brigar pela vaga na semi. Depois Gabriel vai encarar Mineirinho e J.J.Florence disputa com Julian Wilson.
Bahn/US Open
Bahn/US Open
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