"Não fiz nada, não teve mão de treinador, não teve nada no intervalo. A única coisa que esteja sendo o nosso maior problema na temporada é como encaramos as coisas. Algumas vezes querendo e outras vezes passivo, achando que vai cair do céu. Não é assim que as coisas acontecenm no futebol, entramos em uma zona de confroto muito grnade e essa zona de conforto tem que acabar. Hoje foi uma resposta bem clara, a culpa é toda minha. Se eu sair, vão vir outros e, se a atitude não mudar, vai continuar a mesma coisa", disse, visivelmente irritado.
Ele também aproveitou para elogiar o torcedor colorado, mesmo após boa parte das arquibancadas vaiar o time ao fim do primeiro tempo. "É de elogiar a atitude do torcedor. Hoje era dia de vaiar e xingar. Eu queria estar em qualquer lugar da Terra e não onde eu estava, mas no segundo tempo eles apoiaram a equipe e os jogadores mudaram a atitude no segundo tempo. Principalmente os jogadores de frente e a gente fez com que o time do sport recuasse todo", prosseguiu o treinador, que também criticou longamente a inconstância da equipe.
"Para mim, esse é o grande problema: a gente nunca sabe como o time vai entrar em campo. No primeiro tempo, foi nítida a questão de que acharia que ia ganhar quando quisesse, que ia dar caneta, chapéu... mas isso não acontece. Ontem, já disse que não há jogo fácil. Mentalmente, hoje não estamos preparados para nada nesse campeonato. É difícil entrar sem saber qual time vai entrar em campo. A zona de conforto tá muito grande aqui. Ou você sai de lá ou começa a buscar peças", disse o treinador, dando o alerta para vários atletas do elenco.
"Saí da zona de conforto eu sei que é o meu que está na reta. Você tenta ser amigo, conversar, ir numa boa. Existem vários perfis, não sei se o Inter hoje precisa de um cara amigo. Já tive vários treinadores alguns fortes rudes quase inimigo do jogador e já tive paizão, mas não dá para rezar a cada jogo para ver o que vai acontecer. Sou bem preparado, não fujo, eu tenho que falar o que é a verdade. Fiquei envergonhado. Ou a gente sai da zona de conforto ou a equipe não vai brigar nada por campeonato", prosseguiu.
"Faltam 13 jogos para terminar [o Brasileiro]. Quem quiser, vai continuar jogando e quem não quiser vai continuar recebendo. Aqui é o melhor lugar do mundo. Falo isso para se indignar, o Inter precisa brigar por cima e tem que se indignar. O Sport trocou totó aqui em casa. [O Inter] é um time que tem uma qualidade imensa. Mas técnica ganhava nos anos 70 e hoje não ganha nada, quem tem técnica mas não tem mentalidade, física e tática não vence nada. Ou se tem essa mentaliadde de buscar algo para carreira ou então vai ficar complicado."
Estou aqui para fazer o time jogar. Se tiver que ser inimigo de todos para o time jogar, eu vou ser inimigo de todo mundo. Em alguns momentos, você arranja muleta para tudo, desculpa para tudo. Cartões, lesões... realmente está acontecendo e isso dificulta muito, mas a mudança de um jogo pra outro mudando apenas uma peça não é por aí. Chegou o momento, chegou o limite e chegou o meu limite", avisou o irritado treinador.
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