quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Marama Lemaire, surf e amizade muito além das ondas de Teahupoo

Cenas de um swell clássico

A história de Marama Lemaire, assim como a história de muitos outros tahitianos, se mistura com a história do surf em Teahupoo, nesta que é uma das ondas mais cobiçadas do mundo.

1997. As competições de surf eram bem diferentes das competições que conhecemos hoje. A estrutura era menor. A ocasião do primeiro WQS na ilha foi como uma descoberta para surfistas e para os nativos.


"Era o primeiro campeonato no Tahiti e nós não tínhamos dinheiro para se hospedar nos mega hotéis que eram a única opção para se hospedar na ilha. A ASP organizou dos surfistas ficarem hospedados nas casas das famílias locais", lembra Renan Rocha, um dos primeiros brasileiros que visitaram Teahupoo.

Vista aérea da Ilha de Moorea 

Aleko Stergiou
Marama Lemaire recebe a galera em sua casa a mais de 11 anos
Marama Lemaire recebe a galera em sua casa há mais de 11 anos


Para Renan tudo aconteceu em uma sintonia por ser o primeiro ano do evento. "Viemos em um avião da Nova Zelândia. Quarenta surfistas, comissão técnica, todos juntos. Chegamos na ilha de madrugada. No aeroporto um ônibus escolar e um caminhão de lixo esperavam a gente. As pranchas foram transportadas no caminhão de lixo e nós fomos de ônibus até um colégio na ilha onde fomos apresentados para as famílias locais".

Naquela noite Renan optou por se hospedar em uma pousada, mas na noite seguinte ele decidiu se juntar aos outros surfistas na última casa disponível. Foi neste momento que começou a amizada com Marama.

O jovem tahitiano, um adolescente na época, ficou muito amigo dos brasileiros. Os anos se passaram e o filho de pescador criou um amor pelo surf. Marama se casou com uma jovem tahitiana. O primeiro filho do casal nasceu e ganhou o nome de Renan.

15 anos após o primeiro WQS em Teahupoo, os brasileiros continuam se hospedando na casa de Marama. A casa do tahitiano já foi algumas vezes chamada de “Embaixada Brasileira no Tahiti”, mas para Renan Rocha é muito mais do que isso.

"A casa e Marama é um lugar de carinho, de afeto. Um dos poucos lugares do mundo que me sinto em casa de verdade", explica Rocha.
Aleko Stergiou

A visão dos peixes em uma rasa bancada

Durante o WCT de Teahupoo, Heitor Alves e Raoni Monteiro ficaram na casa de Marama. Aleko Stergiou ainda está por lá acompanhando o cotidiano dos tahitianos.

Além de guia turístico, proprietário de pousada, Marama também é policial em Vairal, uma pequena vila próxima de Teahupoo.

"Venha, fique em minha casa', convida o tahitiano. Não pense que este convite é exclusivo para surfistas profissionais, pois a pousada de Marama está aberta para todos que queiram conhecer o Tahiti.

Conheça mais sobre a pousada de Marama no site: http://www.maramahouse.com

Recentemente Marama veio para o Brasil para conhecer a terra natal dos seus amigos. O laço de amizade que começou em uma competição de surf uniu famílias de lugares dão distante e tão diferentes.
Aleko Stergiou

Dança típica tahitana

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