Acompanhado de familiares, Caio Júnior viajou em dezembro de 2011 para conferir o que exatamente de diferente o Barcelona, então melhor equipe do mundo, fazia. Só havia um problema: os ingressos para o superclássico com o Real Madrid que aconteceria naquele mês estavam esgotados.
O técnico, que vinha de uma passagem pelo Botafogo, pegou o telefone e ligou, então, para um ex-jogador, Maxi Biancucchi. Eles trabalharam juntos no Flamengo em 2008.
As dificuldades, então, sumiram.
Mais tranquilo, o comandante embarcou ao lado da esposa e do filho mais novo para Madri, viu o Real abrir o placar com Benzema ainda no primeiro minuto e o Barcelona virar o jogo e vencer por 3 a 1 com gols de Alexis Sánchez, Xavi e Fàbregas. As entradas para a partida foram entregues em seu próprio hotel, com toda comodidade, a pedido de Lionel Messi.
Só isso.
"O Caio queria assistir aquele clássico, mas estava tudo vendido. Liguei, então, para o Leo, contei que um amigo precisava de ingressos, ele conseguiu e foi até o hotel em que estavam", relembra Maxi Biancuchi, em entrevista ao ESPN.com.br.
Arquivo pessoal
O filho mais novo de Caio Júnior ao lado de Messi e do pai
Na época, o argentino de 28 anos se encontrava no Olimpia e nem imaginava reeditar mais uma vez a parceria que teve com o treinador na Gávea. No fim da última temporada, no entanto, uma nova ligação de Caio Júnior, uma conversa com o seu empresário, Régis Marques Chedid, e a recusa a ofertas do Catar e do Paraguai o trouxeram de volta para o Brasil.Ele não tem motivos para se arrepender. Depois de sete jogos no Brasileiro, é o artilheiro do campeonato com sete gols e conduz o Vitória na briga por uma vaga na Libertadores.
A fase do atacante em Salvador é tão boa que o seu segundo filho nascerá na própria capital baiana. Feliz com o seu atual momento, ele credita a ascensão na carreira ao excelente ambiente encontrado na Toca do Leão e a uma parceria construída no clube com o compatriota Damián Escudero, ex-Atlético-MG e Boca Juniors.
Não raramente, eles se juntam para fazer churrasco e comemorar o embalo do time na temporada.
"É outro fator que me ajudou. Eu tinha vindo muito novo antes para o Flamengo. Faz bem ter outro argentino na equipe, alguém que fala a mesma língua e compartilha os costumes", afirma. "Nós estamos sempre brincando, nossas esposas se conhecem, os filhos têm a mesma idade. Uma vez por semana pelo menos, saímos para jantar um na casa do outro ou fora mesmo", completa.
Em 69 jogos pelo Flamengo, Maxi havia balançado as redes as mesmas sete vezes que registra agora. Rejeitando falar em espanhol em suas entrevistas, ele deixa o passado para trás e prefere se concentrar apenas no que o futuro reserva no Nacional.
"O nosso objetivo é brigar pelo G4", estabelece. O Vitória é atualmente o sexto colocado, com 15 pontos, três pontos apenas atrás do líder Cruzeiro e com um jogo a menos em relação ao rival Bahia e ao Inter.
Dá para sonhar com voos mais altos.
Caio Júnior não precisa nem agradecer por aquelas cortesias.
Arquivo pessoal
O comandante do Vitória conheceu ainda o meio-campista Thiago Alcântara, hoje no Bayern
fonte: ESPN
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