Quando o Santos foi massacrado pelo Barcelona na final do Mundial de 2011, Neymar já jogava com um acordo praticamente estabelecendo sua ida para o clube catalão. Na última terça-feira, o pai do ex-santista revelou que recebeu 10 milhões de euros por meio da empresa da qual é sócio, a N&N, para que o time espanhol tivesse preferência por uma negociação futura. E, segundo o hoje técnico do São Paulo e então comandante do elenco santista na época, Muricy Ramalho, ninguém tinha conhecimento das tratativas.
"Acho que ninguém sabia. Nem sei como foi feito isso. Sou do tipo de treinador que me meto com o jogador no campo de treinamento. Parte financeira, nem chego perto disso. Não quero saber de me envolver", afirmou ele, após a vitória do São Paulo sobre o Rio Claro pelo Paulista.
Questionado se o acordo teria tido alguma influência na atuação de Neymar na derrota para os catalães na decisão do Mundial, Muricy foi bem enfático na resposta: não.
"Não influenciou em nada no caso do Neymar. Ele só quer saber de jogar futebol. Sempre tive um ótimo relacionamento com ele e com o pai dele, troquei mensagens esses dias com os dois. Mas não influenciou. São coisas que a gente não tem que se meter. Ninguém falou nada, ouvimos algumas coisas. Mas técnico não tem que se meter", declarou.
Nesta quarta-feira, o Santos, por meio do presidente Odílio Rodrigues, declarou que não sabia da existência do acordo antecipado com o Barça. O mesmo foi dito por Luis Álvaro de Oliveira, mandatário em exercício à época do negócio, à Rádio ESPN - algo rebatido mais tarde pelo pai de Neymar, que liberou um documento por escrito do então presidente autorizando a negociação
FONTE: ESPN.
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