Segundo Ramy Arany, terapeuta comportamental consciencial e co-fundadora do Instituto KVT, muitas pessoas possuem excessos de preocupações, exigências e necessidades em relação a tudo que realizam. “São considerados perfeccionistas, ou seja, aqueles que buscam a perfeição em tudo que fazem. Assim, o perfeccionismo tem um conteúdo de exagero chegando muitas vezes ao limite máximo, onde ao ultrapassá-lo pode ser considerado uma doença. Porém, quando ele se encontra dentro de uma dimensão de equilíbrio, pode ser aceitável e trazer reconhecimento no trabalho por transparecer o cuidado, o capricho, a dedicação, em fim, o trabalho muito bem feito”, explica a especialista.
Qual é o limite do perfeccionismo?
Do ponto de vista da equipe, o limite do perfeccionismo no trabalho depende do limite de tolerância das pessoas envolvidas, depende ainda, das condições das relações interpessoais e dos resultados e desempenho das equipes para alcançarem as metas.
“O perfeccionismo tende a criar bloqueios no desempenho pessoal e do time por conta dos exageros e do alto nível de exigências, chegando até ser cobrada a excelência máxima em tudo. Não se deve confundir a alta produtividade com perfeccionismo. Sendo assim, o limite exato é o não ultrapassar a dimensão do bom senso, do equilíbrio, da harmonia e principalmente da fluência no trabalho seja ele qual for”, enfatiza Ramy.
Como o perfeccionista pode manter o equilíbrio no trabalho?
Quando existem personalidades diferentes na equipe, o trabalho demandará um desafio bem grande, principalmente por parte do perfeccionista. Por outro lado, o ‘desencanado’ terá que saber lidar com as cobranças e com as exigências em relação a sua personalidade e forma de trabalho.
“O perfeccionista deve compreender que a maneira que o desencanado realiza seu trabalho é diferente da sua. Deverá ter muita paciência e atenção para manter o foco de trabalho e dividir tarefas para ter condições de controlar o tempo e a qualidade do trabalho como um todo. É importante também que ele pratique muito a flexibilidade, aceitando os colegas como eles são afinal o mundo não gira em torno do seu modo de trabalho”, conclui Ramy.
Fonte: MSN Empregos
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