O presidente da Unimed, Celso Barros, escancarou a crise com o Fluminese após a demissão do técnico Renato Gaúcho, na última quarta-feira, medida tomada por Peter Siemsen, mandatário do clube. Em entrevista à Super Rádio Brasil, o principal patrocinador disse que houve um "ato de covardia" de Peter, afirmou que a parceria não caminha bem e diz estar desestimulado a renová-la.
"Fui surpreendido com a conversa de ontem (terça-feira), porque achava importante a partida contra o Horizonte. O presidente colocando certa insatisfação com o Renato e pensando em demiti-lo. Me coloquei contrário, ficamos discutindo, e ele saiu da reunião sem passar para mim a decisão de demitir o técnico. Ele é o presidente, claro, a decisão é dele. O que eu achei estranho e uma forma covarde é de ir embora e no dia seguinte demitir. Já passamos por outras situações, e isso desestimula a Unimed a estar junto com o Fluminense", disparou.
"Não é birra, coisa de chateação, é que a forma como foi feita nos desestimula a contratar. O grupo político do Peter tenta a separação da Unimed. Os torcedores têm dificuldades em compreender isso, é um processo que está em curso. Eu apoiei o presidente para a reeleição, e agora toma decisões como se não tivessem outros fatores", continuou o presidente da Unimed, junto ao Flu desde 1999.
"Ele não honra o que ele discute com a gente. Vamos fechar esse ano e depois discutimos o contrato".
"Demitiu Muricy por causa da história dos ratos, Alcides, Sandrão, Abel, Luxemburgo, e o Fluminense não caiu pela situação da Portuguesa. Isso vai deteriorando a situação e vai criando um clima que é desfavorável para o Fluminense, quem perde é o Fluminense. É uma situação que temos que enfrenta-la e temos que buscar as melhores situações", falou o parceiro.
"Não sei da gestão do clube, das despesas. O que eu acho é que toda essa situação colocada significa que o Fluminense talvez entenda que a parceria não é importante. Vamos discutir o contrato e talvez encerrá-lo. Não vou mais me envolver em contratações de técnicos, dirigentes, jogadores", disparou.
"O Fluminense assumiu uma posição de, na minha opinião, certa falta de respeito com uma parceira de 15 anos. A Unimed é cliente do escritório de advocacia do Peter, que é muito boa, mas acho que ele é muito pressionado, se mostra fraco em alguns momentos. A gente ouve muita coisa, críticas. Quem disse que a Unimed é eterna? O Fluminense é maior do que tudo, do que o Celso, do que o Peter. Lamento que este momento esteja correndo, mas a vontade do presidente prevaleceu, e ele não levou em conta uma série de fatores: tempo de parceria, solidariedade. Não discuto a saída do Renato, mas a forma como foi feita isso", explicou Celso Barros.
"Saímos da reunião sem esse compromisso (da demissão de Renato Gaúcho), deixando para depois, para o dia seguinte, e na manhã acontece isso. É um ato de covardia do presidente, que desrespeita o patrocinador. Ele é complicado para cumprir os compromissos esportivos, tem dificuldades... Quando aperta o resultado, toma atitudes desse tipo. Todo mundo quer o patrocínio da Unimed, mas o Fluminense parece que não quer, o presidente quer ser superior a isso tudo", prosseguiu.
Celso Barros disse que Peter Siemsen ocupa um cargo que é "incompatível" com suas atitudes. "Ele briga com todo mundo. Não sei qual é a solução que existe para o Fluminesne na cabeça do Peter e do grupo político dele. Sou torcedor tricolor, peguei o Flu na Série C, coloquei na Série A, fomos bicampeões brasileiros, voltamos à Libertadores. Talvez o presidente Peter tenha vaidade de mostrar que manda, porque dizem que eu mando no Flu. Eu não mando nada", afirmou.
FONTE: ESPN
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