sábado, 25 de abril de 2015

Suspenso, Jobson vira preocupação no Botafogo e terá atenção especial para evitar recaída

O atacante Jobson, do Botafogo, foi suspenso por quatro anos pela Fifa

Para evitar uma recaída após ser suspenso pela Fifa por quatro anos, o atacante Jobson terá atenção especial da diretoria e comissão técnica do Botafogo nos próximos dias. O jogador virou motivo de preocupação no clube, e o temor é que o abalo piscológico por causa da punição cause novos problemas ao atleta.

Depois de receber a notícia nesta sexta-feira, Jobson foi liberado do treinamento da tarde do Engenhão. Ele ficou bastante chateado com suspensão e com o fato de estar fora das finais do Campeonato Carioca, contra o Vasco. Por causa disso, o técnico René Simões colocou o coaching Paulo Serrano com a missão de dar um apoio mais próximo ao jogador de 27 anos.

"Ele foi para casa, mas não está desamparado. Já coloquei uma pessoa para cuidar dele. Se eu temo uma recaída? Todos os dias. Sabemos como é difícil e precisamos estar juntos agora", afirmou René, que destacou o bom ambiente que Jobson tem dentro do elenco alvinegro.

"Olha que mudança. Na época do Bahia ninguém estaria nem aí. Falariam: 'Que pegue seis anos'. Não tenho dúvida da importância do atual grupo do Botafogo na recuperação do Jobson. E hoje o grupo assumiu a responsabilidade. Vamos jogar por ele. Ele vai ser campeão conosco. O Jobson é muito querido pelo grupo".

Nesta sexta, o Botafogo foi informado que a Fifa suspendeu o atacante por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping enquanto o atleta estava atuando pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita, entre 2013 e 2014. O clube carioca ainda estuda uma maneira de recorrer.

René Simões explicou que conversou com Jobson, e o atacante contou a ele toda a história sobre a recusa de fazer o teste na Árábia.

"Tivemos uma conversa longa e a preocupação de mandá-lo para casa. Perguntei o que houve lá. Conheço bem o mundo árabe. Segundo o Jobson, os árabes deviam dinheiro a ele e quiseram fazer o exame. Não existe droga na Arábia Saudita. Ele estava com um interprete que fala espanhol. Ele não entendeu bem e ficou com medo de fazer. 'Eles me deviam e fiquei com medo de armarem uma para mim', palavras dele", explicou o treinador.

O gerente de futebol do Botafogo, Antônio Lopes, também demonstrou preocupação com a parte emocional de Jobson e confirmou que o clube vai dar todo o suporte necessário ao atleta.

"É lógico que não está com a cabeça boa para trabalhar, por isso foi liberado para o treinamento. Ele não recebeu bem (a notícia), mas o René conversou com ele e o tranquilizou. O Botafogo vai fazer de tudo para dar todo apoio a ele. Contamos com o Jobson", afirmou Lopes.



FONTE: ESPN

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