“O Vasco passou uma vergonha, mas não vai passar duas. Se tiver perspectiva de o Vasco cair de novo para a segunda divisão (no Brasileiro), eu não vou esperar coisa nenhuma. Vou tomar de assalto e expulsar esses vendilhões a pontapé, assim como Jesus expulsou os fariseus do templo. E garanto que levo uma legião atrás de mim”.
Segundo Eurico, ‘a legião’ que o segue é capaz de carregá-lo novamente a presidência do Vasco. No entanto, o ex-mandatário não tem o retorno ao principal cargo da hierarquia do clube como uma de suas prioridades, embora deixe claro: em meio à crise que equipe atravessa, pode ser ele a solução para os problemas administrativos da gestão de Roberto Dinamite.
“Eu não sou candidato, mas a probabilidade é grande pelo que estou vendo. As coisas estão de mal a pior e a gente não vê uma luz, um caminho, uma tentativa de mudança. Há um problema terrível de gestão. Não é possível aceitar passivamente essas coisas acontecerem e chorar depois. Isso é uma advertência. Não tem a menor chance de eu passar por isso pela segunda vez”.
De fora, Eurico assistiu, na última sexta-feira, cerca de 25 membros da principal torcida organizada do Vasco, a Força Jovem, invadir o CT do clube para protestar contra jogadores e direção pela má fase atravessada pelo clube dentro e fora de campo. Uma situação que, segundo ele, só é possível pela ausência de Dinamite no dia-a-dia do clube.
“No meu tempo não tinha essa coisa de invasão e, se tivesse, eu estava lá. Mas o Roberto não estava, não é? Hoje, o Vasco é uma vergonha. Não é vergonha pelos resultados no futebol, mas porque é um clube absolutamente sem administração, sem comando. O Vasco é uma instituição imortal. Tem saída, mas vai penar e sofrer com essa gestão”, analisou.
Vilão da queda? – Considerado por muitos o principal responsável pelo rebaixamento do Vasco, em 2008, Eurico se defendeu e, claro, aproveitou para atacar o atual presidente. Segundo o ex-dirigente, que se eximiu totalmente de culpa pelo descenso, a gestão de Dinamite ‘usou’ a queda da equipe para propagandear sua reconstrução.
“Entreguei o Vasco com todas as certidões em dia, o que permitiu que eles tivessem o patrocínio de uma estatal; deixei todas as dívidas devidamente parceladas, acordos feitos e com R$ 10 milhões em caixa com a venda do Phillippe Coutinho. Era só manter, mas eles romperam todos os acordos para pagar indenização. Um absurdo”.
“Dentro de campo, deixei o Vasco em oitavo no Brasileiro, mas eles desmontaram a base, fizeram caça às bruxas. Hoje não tenho dúvida de que levaram o Vasco deliberadamente à segunda divisão para depois levantar e dizer que havia um ressurgimento. Inventaram uma coisa de o “sentimento não pode parar”. Mas o sentimento nunca parou. Não para. Quem é Vasco, morre Vasco”, encerrou.
FONTE: ESPN
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