quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dicas para viajar com o seu bichinho de estimação

viajar com cão ou gato

1- Quais são as exigências das companhias aéreas para transportar cães, gatos ou pássaros?
Animais só embarcam para outras cidades do Brasil se tiverem a Guia de Transporte Animal, GTA, emitida por veterinários credenciados pelas secretarias estaduais de Agricultura, que cobram cerca de 30 reais pelo serviço. A GTA vale por sete dias e serve apenas para um sentido da viagem – isso porque especifica os pontos de partida e de chegada. Assim, na volta será necessário providenciar outra guia. Para saber quais médicos podem assinar esse documento, entre em contato com a secretaria de cada Estado. Na viagem para o exterior, deve-se apresentar o Certificado Zoossanitário Internacional, CZI, emitido gratuitamente pelo Ministério da Agricultura. O CZI pode ser retirado no aeroporto, antes do embarque, ou na sede do Ministério da Agricultura de cada Estado. A validade é de oito dias. Tanto em viagens nacionais como para o exterior, o cão ou gato tem de ter atestado de saúde e comprovante de vacinação. Aves silvestres dependem ainda de uma permissão do Ibama. Certos países, como Itália e Alemanha, exigem uma autorização específica, tirada na embaixada ou no consulado – verifique antes de viajar. Algumas companhias limitam o número de animais por vôo. Por isso, faça a reserva com pelo menos 48 horas de antecedência. Há empresas, como a TAM, que só permitem que o animal viaje sedado. Mas nem pense em medicá-lo por conta própria. O tranqüilizante só deve ser prescrito por um médico veterinário.

2 – Nas viagens de avião posso levar meu mascote junto comigo, na cabine?
Algumas companhias, como a Vasp, não aceitam animais na cabine. Outras, como a United Airlines, só permitem que eles viajem junto aos passageiros. Mas a regra geral é a seguinte: se seu bichinho de estimação couber numa caixa de 55 centímetros de comprimento por 40 de altura e 20 de largura, ele poderá ir com você na cabine, acomodado embaixo da poltrona (as medidas variam em cada companhia). Já os animais maiores viajam no porão do avião. Nesse caso, é preciso colar etiqueta na caixa de transporte, com os dados do animal e do proprietário. Para levar seu bichinho na cabine, você terá de pagar uma taxa equivalente à cobrada pelo excesso de bagagem – mesmo que o peso do animal, somado ao de suas malas, fique dentro do limite estabelecido pela empresa. Esse adicional corresponde a 1% da tarifa cheia para cada quilo do animal. Se ele viajar no porão, a taxa nos vôos internacionais fica em torno de 100 dólares.

3 – O que fazer para garantir um vôo confortável para o meu cachorrinho?
Escolha com cuidado a data e o horário do vôo. Os meses de verão e inverno são inconvenientes para animais que tenham de viajar no porão – algumas companhias, como a American Airlines, nem transportam animais de maio a setembro. Nesse caso, se a temperatura na cidade de origem ou na de destino estiver abaixo de 7 graus ou acima de 30 graus , é melhor desistir do vôo. Nos dias mais quentes, viaje à noite; nos mais frios, prefira os vôos diurnos. Certas raças de cães (buldogue, boxer, chow chow, lhasa apso, pequinês) e gatos (persa, e himalaio) são mais sensíveis ao ar rarefeito da cabine. Opte por vôos diretos, sem escalas. E nem pense em entrar no avião com um bicho escondido – como fez certa passageira que trouxe do Recife para São Paulo doze guaiamuns vivos na sacola. Os pequenos crustáceos escaparam e deram uma trabalheira e tanto para ser resgatados. Fora o susto que provocaram.

4 – A quarentena é aplicada em todos os países?
Não, apenas em alguns – aqueles com baixos índices de doenças contagiosas. Os países que impõem mais restrições são Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, que exigem que o animal, mesmo vacinado, seja isolado. Cães e gatos são confinados no aeroporto e liberados depois de um período que varia de um a seis meses. Verifique as regras de cada país antes de viajar, para evitar decepções. A Inglaterra, por exemplo, proíbe a entrada de cães fila brasileiros. E o Havaí estipula quarentena de até 120 dias.

5 – Posso levar meu bichinho de estimação num cruzeiro?
Só em alguns casos, mas sem poder desfrutar da companhia dele. A maioria das companhias de cruzeiro simplesmente proíbe animais a bordo, abrindo exceção só para os que servem de guias para deficientes visuais. Os poucos navios que permitem bichos impõem a condição de mantê-los confinados. É o caso do Queen Elizabeth 2, que faz roteiros de volta ao mundo e pelos Estados Unidos e Europa. Nesse transatlântico de luxo há alas separadas para cães, gatos e pássaros e os donos podem visitá-los – mas jamais sair para passear com eles. Funcionários cuidam da alimentação e do banho e a taxa para o transporte é de 500 dólares para cães, 300 para gatos e 200 dólares para aves.

6 – Que providências preciso tomar numa viagem de carro?
Nas viagens de carro também é preciso levar a GTA, um atestado de saúde e a ficha de vacinação (em dia) do seu animal de estimação. Procure pegar a estrada no começo da manhã ou à noitinha, quando a temperatura é mais fresca. Se seu animal não estiver habituado à estrada, faça alguns passeios de carro antes, para acostumá-lo. Ele deve ir no banco traseiro, dentro de uma caixa ou atado por um cinto de segurança especial, vendido em pet shop. Em hipótese alguma deixe seu cachorro viajar no colo do motorista ou debruçado na janela – é muito perigoso. Também nunca o deixe sozinho no carro, mesmo que seja por pouco tempo. E não tenha pressa: faça paradas a cada hora, para que ele possa se movimentar, beber água e fazer as necessidades. Se for viajar com um pássaro, mantenha o ar-condicionado desligado e cubra a gaiola para que ele não se assuste com o movimento. Peixes devem ser transportados em recipientes plásticos não muito grandes (use a água do aquário), tampados e apoiados numa embalagem firme, para que não balancem muito. E abra a tampa a cada quatro horas, para renovar o oxigênio.

7 – Os ônibus brasileiros aceitam passageiros acompanhados de animais ?
Boa parte das empresas rodoviárias aceita cães e gatos de pequeno porte, desde que eles tenham a GTA e viajem em caixas adequadas. É preciso provar, ainda, que o bichinho está com a vacinação em dia e mostrar o atestado de saúde assinado por um veterinário. Algumas companhias exigem que o animal vá no bagageiro, para não incomodar os outros passageiros. E as que permitem que o bichano ou totó viaje ao lado do dono impõem a condição de que ele só saia da caixa durante as paradas. As empresas não cobram nenhuma taxa adicional pelo serviço.

8 – Posso andar de trem no exterior com meu pet?
Os trens europeus, em geral, aceitam animais de estimação. Os pequenos, de até 5 quilos, podem ficar em caixas, no vagão dos passageiros, gratuitamente. Os maiores devem usar coleiras e focinheiras. A taxa corresponde à metade do bilhete da segunda classe. Já a Amtrak, dos Estados Unidos, só permite cães que acompanhem deficientes visuais, enquanto a VIA Rail, do Canadá, transporta animais no vagão de carga, acomodados em caixas ou gaiolas. As taxas variam de 10 a 40 dólares, conforme o tamanho do mascote.

9 -E a bagagem? O que devo levar?
Vale a pena levar tudo o que puder diminuir o stress do seu bichinho por estar longe de casa. Isso inclui a ração dele, potes de água e comida, petiscos, cobertor, paninhos, cama, brinquedos favoritos, escova para os pêlos, remédios e kit de primeiros-socorros. No caso dos cães, leve guia, focinheira, coleira e saquinhos plásticos para recolher o cocô. Para os gatos, não se esqueça do recipiente com o preparado sanitário e de jornais para forrar o chão.

10 -Ele vai agüentar ficar horas fechado numa caixa?
Treine seu animal para que ele vá se acostumando. Você pode estimulá-lo colocando alguma comida ou brinquedo no interior da caixa. Então, pouco a pouco, deixe-o fechado por alguns minutos. Repita a operação, aumentando o tempo de permanência. Se conseguir que ele durma na caixa, será melhor ainda. Escolha uma caixa resistente e ventilada, com espaço suficiente para que ele dê um giro de 360 graus. Mas não exagere no tamanho, para que seu pet não se machuque numa turbulência ou no embarque e desembarque. Para deixar a caixa mais confortável, forre o interior com panos, jornais ou algum outro material absorvente. Procure exercitá-lo antes da viagem – ele ficará cansado e menos agitado durante o trajeto, podendo até mesmo dormir. O empresário José Orlando Fernandes tem um truque para garantir a tranqüilidade de suas cadelinhas bassê nas viagens de avião: “Enrolo as duas em algumas peças de roupa usada, para que elas sintam meu cheiro durante o vôo”. “Também coloco um relógio embalado dentro da caixa, porque o tic-tac segue o ritmo do batimento cardíaco e diminui a ansiedade delas”, explica.

11 -O que faço se perder meu mascote numa cidade estranha?
Não deixe o tempo passar. Entre logo em contato com os órgãos públicos de controle de zoonose, as entidades de proteção aos animais e os veterinários localizados num raio de até 100 quilômetros da região em que ele desapareceu. Espalhe cartazes com a descrição do animal e o telefone do seu hotel. O ideal é ter sempre à mão uma foto do seu mascote, para poder copiá-la e exibi-la para as pessoas. Para aumentar as chances de resgatar o bicho fujão, identifique-o com uma medalha em que conste seu endereço permanente, além do nome e telefone do seu hotel em cada cidade. Considere, ainda, a idéia de implantar um microchip no seu animal. Ele é do tamanho de um grão de arroz e é aplicado sob a pele através de uma seringa, numa operação indolor – e barata. O microchip custa cerca de 25 reais. Consulte um veterinário a respeito.

12 – Que alimentação devo dar a meu animalzinho durante a viagem?
Mesmo que seu animal seja guloso como o Garfield, o ideal é oferecer a ele uma alimentação leve (de preferência, ração) cerca de quatro horas antes da partida. Se ele for viajar num avião, suspenda qualquer refeição pesada nas doze horas anteriores ao vôo. Coloque pedras de gelo grandes na caixa de transporte, para que ele vá bebendo água aos poucos. Não se preocupe com a alimentação durante o trajeto – ao contrário do que muita gente pensa, cães agüentam até dez horas sem água e comida. Se a viagem for de carro, dê comida a seu animal de estimação três horas antes com um terço da quantidade que ele costuma ingerir. E só o alimente de novo cerca de duas horas depois da chegada, porque o stress da viagem pode causar alguma indisposição.

13 – Que cuidados devo tomar para evitar que ele fique doente nas férias?
Faça um check-up antes da viagem – animais saudáveis resistem mais a infecções. Na praia, evite passear com seu cão na areia. Ele pode pegar micose, que provoca falhas no pêlo, coceira e lesões na pele. Se seu cachorro mergulhar no mar, dê-lhe um banho e seque bem os ouvidos, para evitar otite. E você sabia que os animais também podem ficar queimados de sol? Evite esse desconforto deixando-o na sombra nos horários mais quentes e mantendo-o sempre bem hidratado. No campo, os mascotes correm o risco de serem picados por insetos. Aplique remédio contra pulgas e carrapatos e examine o pêlo todos os dias. Leve também água mineral para evitar que animais de estômago sensível fiquem com diarréia. Misture com a água do local visitado, até ele se acostumar.

14 – Em quais hotéis meu pet será tratado como rei?
No Brasil, os poucos hotéis estruturados para receber (bem) os animais estão listados no site www.focinhos.com.br. Um dos mais bacanas deles é o Sete Voltas (www.setevoltashotel.com.br), em Itatiba, SP, que tem alojamentos com tratadores. Já no exterior não falta mordomia. O hotel The Pierre (? 001-212-838-8000), de Nova York, por exemplo, recebe os bichos com biscoitos. E o Spa Las Ventanas (www.lasventanas.com), no México, oferece até massagens para cães e gatos. Consulte os sites www.travelpets.com e www.petswelcome.com.

15 – Que regras precisamos seguir longe de casa?
Lembre-se de que nem todo mundo compartilha de sua adoração por animais. Assim, mantenha o Rex na coleira em locais movimentados. Só o leve para um shopping center se o acesso for liberado e se ele não tiver um comportamento agressivo. Quando sair à rua, não esqueça de levar saquinhos para recolher o cocô do bichinho – e na volta do passeio, certifique-se de que as patinhas dele estejam limpas antes de entrar no hotel. No quarto, fique de olho para que seu cão ou gato não suba nos móveis ou na cama. Se for necessário, peça lençóis para cobrir a mobília. Para evitar sujeira, dê-lhe água e comida no banheiro ou num canto forrado com jornal. Lembre-se de que, se ele estragar alguma coisa, você terá de indenizar o hotel. Por fim, nunca é demais repetir: piscinas e restaurantes não combinam com animais.

FONTE: PORTAL DICAS

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