quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Brasil supera síndrome e Hungria em jogo épico, faz história e está na semi do Mundial de Handebol

Brasil supera síndrome e Hungria em jogo épico, faz história e está na semi do Mundial de Handebol

Esqueça os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Esqueça também o Mundial de 2011. A síndrome das quartas de final não existe mais.

Em partida emocionante e que terminou após duas prorrogações, a seleção brasileira comandada por Morten Soubak venceu a Hungria por 33 a 31 e pela primeira vez avançou às semifinais de uma grande competição no esporte. Agora, a equipe espera o vencedor do duelo entre Dinamarca e Alemanha para descobrir quem será a adversária por uma vaga na final no Mundial feminino, disputado na Sérvia.

Pelo retrospecto no campeonato, as brasileiras eram favoritas. Tinham feito campanha perfeita na primeira fase, com cinco vitórias em cinco jogos, e passaram bem pela Holanda. As húngaras, por outro lado, ficaram apenas na terceira posição na primeira fase, mas também se classificaram com relativa facilidade contra a Espanha.

Desta forma, o Brasil supera o fantasma das quartas de final nos grandes torneios. Em 2011, em solo nacional, a queda foi contra a Espanha em um jogo decidido no último lance. Em 2012, o algoz foi a Noruega, acusada pelas brasileiras de fazer corpo mole na fase de grupos da competição londrina.

O Brasil começou a partida de maneira avassaladora. Depois de sofrer o primeiro gol, a equipe dominou amplamente as ações e chegou a abrir 5 a 1. Méritos para a intensidade da defesa: foram nada menos do que 8min46s sem deixar as adversárias marcarem um golzinho sequer - quase uma eternidade no handebol.

A vantagem chegou a ser de cinco gols (7 a 2). No entanto, depois, a Hungria reagiu e encostou no placar. A seleção mostrou novamente a face cascuda - é o time mais indisciplinado do Mundial, segundo a Federação Internacional de Handebol - e levou quatro suspensões por 2min no jogo.

No momento mais delicado, com o cronômetro marcando 18min37s, o time de Morten Soubak sofreu duas suspensões: as armadoras Ana Paula e Deonise levaram a punição ao mesmo tempo, deixando o Brasil com apenas quatro na linha. Nada para se desesperar: com defesa forte, levaram apenas um gol e mantiveram a vantagem mínima de 9 a 8. Com o time refeito, os 30 minutos iniciais terminaram 12 a 11 para as brasileiras.

Na segunda etapa, o ritmo caiu. O Brasil até chegou a abrir dois gols de vantagem, mas sucumbiu frente a mais organizada defesa húngara. Pouco a pouco, os espaços diminuíram para a pivô e as jogadas a partir das centrais passaram a ser mais frequentes. As europeias chegaram a abrir dois gols de vantagem novamente, mas a seleção reagiu de novo e, em um fim nervoso, levou o jogo para prorrogação.

No tempo extra, com 26 a 26, o Brasil perdeu boa chance de sair na frente depois de Deonise, sozinha em contra-ataque, ver a goleira Herr defender. Depois, o castigo: em contragolpe, Kovacsicz não desperdiçou e fez 27 a 26.

No começo da segunda etapa, a ponta Alexandra empatou. No lance seguinte, a arbitragem marcou sete metros a favor das húngaras. Gorbicz converteu: 28 a 27. A esperança brasileira de um desfecho positivo veio quando Zekeres levou dois minutos. Fernanda desperdiçou o primeiro ataque, mas Alexandra, não: 28 a 28, faltando 1min30s. Alexandra chegou a fazer 29 a 28, mas Tomori empatou, e o duelo foi para mais uma prorrogação.

No segundo tempo extra, Brasil e Hungria chegaram empatados em 30 a 30 faltando 5min. Faltando dois minutos, Alexandra converteu sete metros e fez 31 a 30. Mayara Moura fez 32 a 30 faltando 30 s para o fim. No lance seguinte, a Hungria diminuiu. Mas, no último lance, Samira fez 33 a 31 e definiu: Brasil, enfim, classificado para a semifinal.

FONTE: ESPN

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