“Arena SBT” estreia com “show do Porpetone”, versão do “Sombra, do Ratinho” e “roupa de CQC”

"Arena SBT" estreia "vestido de CQC" (Foto: reprodução)

Apresentadores "vestidos de CQC" (terno preto e gravata), narrador no melhor estilo "Sombra, do Programa do Ratinho", matérias engraçadinhas na rua e muita participação do humorista Alexandre Porpetone (pegando no pé do Galvão). Assim pode-se resumir a estreia do "Arena SBT" neste sábado, atração que se propõe a misturar esporte (algo que o canal de Silvio Santos não dá a menor bola) e humor (praticamente, restrito ao ótimo imitador da "Praça é Nossa").

Lívia Andrade logo no início mandou um "vai, Corinthians" e saldou Andrés Sanchez, ex-presidente do time paulista, a quem chamou de "meu amigo", um dos convidados, a exemplo do cantor Gabriel, o Pensador. O outro: o jornalista Roberto Cabrini, apresentador do ótimo "Conexão Repórter" e que foi bem na parte mais séria do programa. Chegou a colocar Andrés na parede com perguntas fortes sobre gastos da Copa com uso de dinheiro público em estádios; relação do cartola com Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol); bem como sobre as suas pretensões políticas, dentro e fora do esporte (o mandatário alvinegro afirmou estar sendo difícil "falar não" para propostas para candidatura política).

Porpetone, possivelmente o melhor do programa (porque é humorista e faz bem a parte que lhe cabe) atacou de imitação da presidenta Dilma Rousseff (algo em moda na TV, como se viu no "novo Agora é Tarde", da Band), depois fez rápido papel de Roberto Cabrini (boa imitação) e apresentou um comercial à la Joel Santana e seu inglês macarrônico com a marca "Jegue Chopps" (também muito bom número).

"Felipão de Forma", um dos muitos personagens de Alexandre Porpetone na estreia (Foto: reprodução)Fez Ronaldo (ou "Ronalducho"), brincando bastante com o excesso de peso do ex-jogador, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari (ou "Felipão de Forma"), falando em uma suposta entrevista coletiva. Ambos sensacionais.

Como já se anunciava, Porpetone satirizou a "mesa tática" da Globo e o programa "Central da Cópia" que, no "Arena SBT", virou "Central da Cópia". Com sotaque caipira, típico do ex-jogador comentarista da Band, Neto, o humorista, com o personagem Bisneto (ótimo), explicou: "esse é um quadro que nóis chupiando da... Plim Plim". E foi lá comandar a tal mesa que, diferentemente da tecnológica com Caio Ribeiro na Globo, era cheia de anõesinhos no campinho.

E fechou com chave de ouro ao fazer piada com a já marcante "não narração de gol" de Galvão Bueno, mais preocupado com o amigo internauta do que com o amistoso do Brasil contra a África do Sul. Na brincadeira, Porpetone fez uso de mais um bom personagem, "Calvão Bueno".

O programa teve algumas externas. Smigol, que já passou pelo SporTV e costuma atacar de jornalista engraçadinho, ou humorista, mesmo, passeou pelo novo estádio que o Corinthians (de novo, Timão na pauta) está construindo em Itaquera, Zona Leste de São Paulo.

"Vou experimentar o gramado pra ver se é bom", disse para depois fazer como se provasse a grama. Essa foi a (tentativa de) piada dele, que também entrevistou operários da obra enquanto andava pelas dependências do estádio. Fora isso, passou o programa berrando (merece o título de "o mais chato da estreia").

Lívia Andrade e Juliana Franceschi no palco do "Arena SBT" (Foto: reprodução)Lívia Andrade, fazendo graça em reportagem no estádio do Juventus, pequeno time paulista que fica no bairro da Mooca, Juliana Franceschi, cobrindo Seleção Brasileira de Handebol feminino e jogo de bocha e o ex-jogador Edmilson, entrevistando Cafu, foram outros que gravaram matérias fora do estúdio.

Em termos de audiência, a estreia do "Arena SBT" foi um grande fracasso. Marcou irrisórios 3 pontinhos, contra 7 da sua concorrente, a Record, vice-líder com folga apresentando o "Legendários". A Globo liderou no horário com 11 pontos, segundo o Ibope da Grande São Paulo.

FONTE: YAHOO