“Estou me sentindo em forma, me cuidando. A cada dia eu lembro que o atleta gosta de estar entre os melhores da sua posição. Eu me inspiro no Seedorf, no Deco, no Fred, no Dedé também, nos grandes jogadores da competição e quero ficar igual a eles”, disse Juninho, na saída do gramado de São Januário.
“Eu voltei para colaborar e muito, não apenas para viver os últimos dias da minha carreira. Penso no que eu posso fazer ainda, então são 90 minutos que eu tenho para me concentrar”, completou.
No G-4 do Campeonato Brasileiro, o Vasco segue na caça ao Fluminense, que está com 57 pontos – nove a mais que o clube cruzmaltino -, e ainda joga neste domingo. Mas mesmo assim Juninho ainda crê que o time possa chegar.
Com este resultado, o Vasco vai aos 47 pontos na tabela, segue na quarta colocação do Campeonato Brasileiro, mas garante a permanência no G-4 até o fim da rodada. Já o Figueirense segue na vice-lanterna da competição com apenas 22 pontos ganhos até aqui.
Na próxima rodada, os vascaínos vão até Goiânia encarar o Atlético-GO, lanterna do torneio. Já o Figueirense terá um difícil duelo contra o Atlético-MG, na capital Mineira.
O jogo - Os minutos iniciais foram de domínio vascaíno. Com o maestro Juninho inspirado na criação das jogadas, a equipe cruz-maltina levava perigo com a dupla Alecsandro-Tenório. Apesar da pressão exercida, o Vasco foi surpreendido na primeira chance perigosa do Figueirense. Aos 12 minutos, em um rápido contra-ataque, Caio foi lançado por Claudinei e bateu com categoria para abrir o marcador, sem chances para Fernando Prass. Era o primeiro gol dos catarinenses no primeiro chute a gol.
Com o tento marcado, o Figueirense mostrou que não ficaria só na defensiva e quase ampliou o placar aos 16 minutos, com chance desperdiçada por Aloísio. Apesar do gol sofrido, os vascaínos seguiam pressionando, mas encontravam muitas dificuldades no toque final.
Tenório e Alecsandro continuavam enfernizando a zaga adversária, mas o empate estava difícil de sair. A equipe cruz-maltina afunilava o jogo pelo meio, errava muitos passes e mostrava nervosismo, o que irritava os torcedores presentes. Mesmo com a saída do artilheiro Caio, machucado, o Figueira levava perigo ao setor defensivo dos cariocas. Prova disso foi a bela tabela entre Hélder e Aloísio, aos 32, onde os catarinenses quase marcaram o segundo.
Se pelo meio não dava certo, os laterais vascaínos resolveram mostrar trabalho e, consequentemente, o Vasco conseguiu chegar ao gol de empate aos 33 da primeira etapa. Em um belo passe de Juninho, o lateral Luan invadiu a área, aproveitou a bobeada de Helder e bateu com força para deixar tudo igual.
O gol foi o combustível que o Vasco precisava para seguir pressionando o rival. Pelas laterais, Luan e Feltri ameaçavam, Juninho seguia dando belos passes no meio de campo, mas a primeira etapa encerrou com um gol para cada lado.
Um dos melhores jogadores do primeiro tempo, o atacante Tenório mostrou que o Vasco é realmente o time da virada logo na primeira chance da equipe na segunda etapa. Após cruzamento do Reizinho, o equatoriano não perdeu a oportunidade e, de cabeça, anotou o dele, aos cinco minutos.
O Vasco manteve a mesma pegada após o gol e chegava com perigo, principalmente com passes de Juninho, que era ovacionado pela torcida. Já o Figueirense encontrava dificuldades na criação, mas por pouco não empatou aos 19, após belo toque de Julio Cesar, defendida com estilo por Prass.
Com a vantagem no placar, o Vasco apertou o acelerador e administrou a partida. As substituições feitas por Marcelo Oliveira não surtiram efeito e a equipe passou a encontrar dificuldades na criação das jogadas. O Figueirense viu que poderia apertar na busca pelo segundo gol, levava perigo aos defensores cruz-maltino, principalmente com a entrada de Aloisio, mas esbarrava na boa atuação de Fernando Prass.
Para coroar a ótima noite, coube ao meia Juninho marcar o terceiro gol vascaíno e fechar o caixão do Figueira. Após cobrança de escanteio de Bastos, aos 33 minutos, Dedé ajeitou a bola e o Reizinho bateu com estilo para liquidar o marcador.
Mesmo em um ritmo mais lento, o Vasco se manteve superior na partida e seguia dando trabalho aos defensores do Figueirense. Com a larga vantagem, até o zagueiro Dedé arriscou algumas jogadas no ataque, mas o placar terminou mesmo 3 a 1 para o Gigante da Colina, em São Januário.
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