Assistindo à transmissão do Pipemaster, pela internet, vi que os gringos ainda não engoliram esse grande fenômeno do surf que vem dando show em várias etapas do circuito mundial, perguntando como ele surfa tubos tão bem.
Tinha algum pico com ondas cascudas para desenvolver suas habilidades?
Essas ondas tiveram grande influência no estilo rápido de Gabriel passear dentro dos tubos e sair dos mais difíceis. O legal é que, a cada dia, a evolução deste jovem fica mais nítida. Ele ainda está em evolução.
No próximo ano, com certeza, teremos o Gabriel e também os outros brasileiros na briga pelo título, o surf mundial está muito nivelado e o surf brasileiro vem crescendo a cada ano, nesta galeria de fotos separei algumas do Gabriel, desde os 13 anos , dominando as ondas do seu quintal.
Por acaso conversei com Carlos Infante, o Fantinha, sobre isso durante uma session no Guarujá.
"Morando em Maresias pude assistir a evolução do Medina. Nos dias grandes, em que surfávamos de tow in, o garoto ficava no inside, na espuma. Entrava na onda já quebrada e conseguia encontrar o lugar onde as paredes reformavam. Pior, achava tubos", me contou o experiente surfista que acrescentou: "a evolução dele foi tão rápida que não deu nem tempo de vê-lo se atirando em outros picos de Maresias. Ele foi direto do pico na frente da pracinha e depois do meio da praia para ondas internacionais. O canto do Moreira [canto direito de Maresias] não conseguiu assisti-lo com frequência".
Pois é, os gringos não sabem essas histórias, por isso ainda ficam com cara de interrogação quando Medina detona em Cloudbreak ou Pipeline, mesmo sem experiência nessas ondas. Mas não foram apenas as ondas do seu quintal que o colocaram onde ele está agora. Medina é dono de um talento e vontade rara em qualquer atleta. Além disso, há detalhes, como posicionamento de quilhas, que fazem muita diferença nos vôos pelos quais ele já é mundialmente conhecido, mas sobre isso conversamos outra hora.
FONTE: EDINHO LEITE
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