Uma das observações de Tite sobre o Chelsea diz respeito à marcação de seus atacantes. Na sua opinião, dos quatro homens ofensivos da equipe inglesa, só um marca: Fernando Torres. Mata, Hazard e Oscar, preterido por Moses nos dois últimos jogos, não acompanham a saída de bola dos rivais.
Talvez aí esteja a explicação para Rafa Benítez barrar o meia brasileiro, contra o Nordjelland e contra o Sunderland. O Chelsea, como todos os clubes europeus participantes do Mundial de Clubes de 2005 para cá, tem alguns dos jogadores mais técnicos do mundo.
O antídoto da América do Sul: a tática.
A qualidade inegável do Corinthians, capaz de levá-lo ao Mundial, é a disciplina tática. O time corre, marca, pressiona... é incansável!
Em comparação com o início da história dos torneios incontinentais de clubes, quando a América do Sul possuía os craques e os europeus a disciplina é justamente essa: inversão de valores. Não que os sul-americanos não revelem craques. Revelam para os europeus comprarem.
Então, lembre das duas únicas vitórias sul-americanas nos Mundiais de Clubes de 2005 para cá. O Liverpool massacrou o São Paulo, que fez 1 x 0 num passe de Aloísio para finalização de Mineiro. O Barcelona teve 75% de posse de bola. O Internacional limitou-se a marcar e buscar uma chance num contra-ataque. Anulou os ataques do Barça e achou o contra-golpe mortal, passe de Iarley, gol de Adriano Gabiru.
No duelo da tática contra a técnica, os mais técnicos têm levado vantagem desde 2007. Milan, Manchester United, Barcelona duas vezes e Internazionale vencem os confrontos. Desta vez, o Chelsea é muito técnico e o Corinthians o mais tático dos campeões sul-americanos recentes. Em 2012, é possível que a tática tenha chance contra a categoria individual.
FONTE: PAULO VINICIUS COELHO
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