Mais uma atuação decisiva, golaço na final, eleito pela Fifa o melhor jogador da Copa das Confederações e primeiro título conquistado pela seleção brasileira: o "monstro" está criado. Este é Neymar. A palavra para qualificar o Neymar de 2013 não tem a mesma conotação daquela usada pelo técnico René Simões em 2010. O monstro se desenvolveu, cresceu, amadureu e se consagrou. Com a conquista desde domingo sobre a badalada Espanha, no Maracanã, aos 21 anos, Neymar mostrou que tem qualidade de sobra para assustar os adversários e se impôr em campo.
Melhor da competição, Neymar foi ovacionado pelos torcedores ao superar na eleição o espanhol Iniesta, que ficou em segundo, e o brasileiro Paulinho, o terceiro. Ele fez o segundo gol do Brasil na vitória por 3 a 0 sobre os espanhóis, no Rio de Janeiro, e também ganhou o prêmio de melhor da final. O camisa dez recebeu passe de Oscar, encheu o pé em um chute cruzado no alto e estufou a rede, sem chance para o goleiro Casillas. Na comemoração do gol e na festa do título, Neymar foi para a galera e vibrou abraçado com torcedores nas arquibancadas. Este foi o quarto gol do atacante em cinco partidas disputadas no torneio, antes também tinha marcado contra Japão, México e Itália.
Neymar foi para a torcida depois do gol
Negociado com o Barcelona às vésperas da Copa das Confederações, Neymar mostrou pelos gramados do Brasil que não se abalou com a pressão sobre ele. Apesar de sempre deixar claro que a responsabilidade é dividida com todo o elenco, o jovem atacante chamou o jogo para si e balançou as redes em momentos decisivos. Foi assim nos gols nos primeiros minutos contra japoneses (3 a 0) e mexicanos (2 a 0) e na cobrança de falta perfeita diante dos italianos (4 a 2).
Na decisão contra a Espanha, Neymar não se intimidou ao encarar os atuais campeões mundiais. Foi para cima dos defensores Sergio Ramos e Arbeloa, futuros rivais pelo Real Madrid, e também mostrou a Xavi e Iniesta, novos companheiros de Barcelona, o que é capaz de fazer com a bola nos pés.
O título conquistado pela seleção neste domingo aumenta o currículo de Neymar, que já tinha ganhado uma Libertadores (2011), uma Recopa Sul-Americana (2012), uma Copa do Brasil (2010) e três Campeonatos Paulistas (2010, 2011 e 2012), todos pelo Santos.
Em setembro de 2010, René Simões, que treinava o Atlético-GO em um jogo contra o Santos na Vila Belmiro, disse que Neymar precisaria ser educado para que um monstro não fosse criado. Naquela ocasião, o atacante, que ainda tinha 18 anos, desrespeitou o técnico Dorival Júnior. René não imaginava, porém, que o monstro seria criado, sim. Criado, educado e desenvolvido para o bem do futebol arte brasileiro. Campeão da Copa das Confederações-2013 e melhor jogador da competição, o monstro Neymar provou que está no caminho certo para conduzir a seleção brasileira ao tão sonhado hexacampeonato mundial na Copa de 2014, dentro de casa.
FONTE: ESPN
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