Uma edição da Surfing falando só do Brasil?!
Não costumo usar interrogação e exclamação juntos, mas nesse caso vale.
Sim, sim. Qual não foi minha surpresa ao dar de cara com a última edição de uma das revistas mais conceituadas do surf mundial, Surfing Magazine # outubro.
A
capa não deu a pista correta, estampando uma foto de Fiji, do dia que
ficou conhecido como “Blue Friday”. Talvez uma raivinha velada, talvez
para não apavorar demais os leitores gringos ou, simplesmente, como
declarou o editor, foi falta de foto.
Mas a segunda capa declara: The Brazil Issue.
Realmente
pode-se considerar um trabalho bem feito, na busca de quebrar um pouco
mais do preconceito que, pouco a pouco, vai se tornando conceito
positivo.
Ok, boa parte
da experiência passada por sujeitos como Sam Green e Chas Smith sobre
terra brasilis talvez tenha se estabelecido muito à base de caipirinhas
em demasia e “taradismo babão”, mas tudo bem, até a gente sucumbe a isso
tudo de vez em quando.
O que importa é que a visão
da revista como um todo se utilizou de boas lentes. O contato com
Ricardo Macário [editor chefe da Fluir] e Steve Allain [editor da
Hardcore] foi bem responsável.
A
matéria sobre Noronha deve render mais gringos na ilha. Faz parte.
Fizeram uma bela análise do mercado e da saga brasileira no Tour.
Adriano de Sarlos Burle, Pedro “Scooby” Viana… todos são destaques como
parte de uma mostra grátis de nossa nacionalidade.
A
revista é um belo chacoalhão no mercado estrangeiro. Como se dissesse:
“Acordem, os caras fazem parte do jogo. São diferentes, mas podem ser
legais e até que gostaríamos de viver um pouco como eles”. Pois é, somos
a bola da vez.
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