Organizado pelo oceanógrafo e engenheiro David Zee, conhecedor profundo da Zona Oeste, o livro retrata como foi rápido o crescimento da Barra com cerca de 150 imagens deslumbrantes realizadas pelos fotógrafos Marco Terranova e Nilo Lima, mostrando as praias, as montanhas, as florestas, os prédios, shoppings e as principais avenidas sendo construídas.
David Zee fala sobre a Barra da Tijuca focando na biodiversidade, abordando dois conceitos básicos: a natureza, com características da fauna e da flora e das montanhas; e da cidade, que aborda explosão demográfica e a história da região, das estradas e principais construções.
Observe nesta foto rara tirada no fim da década de 80: os campos de Sernambetibas, ainda preservados. Foto: Ricardo Azoury.
Todo o conteúdo do livro é ilustrado por fotografias, imagens antigas e documentos, pesquisa feita por Zee e por amigos convidados que participaram para completude da obra, como coautores e fotógrafos.
A faixa de areia nas praias tem um papel fundamental na defesa dos ambientes naturais e das construções à beira-mar. Foto: Nilo Lima
No fim dos anos 50 para incentivar a ocupação da Barra foi aberto um caminho de terra ao longo da praia, que recebeu o nome de Avenida Litorânea, depois virou Sernambetiba e, hoje, Avenida Lúcio Costa.
No fim dos anos 50 para incentivar a ocupação da Barra foi aberto um caminho de terra ao longo da praia, que recebeu o nome de Avenida Litorânea, depois Sernambetiba e, hoje, Avenida Lúcio Costa. Foto: Agência O Globo.
Abaixo você vê a vista da Prainha, localizada entre o Morro da Prainha e a Pedra dos Cabritos. Ao fundo, a Pedra do Pontal e os muitos arcos que formam o litoral da Barra. Vendo essa imagem me lembrei dos meus tempos de garoto, nos anos 60 e 70 onde não havia uma estrada para chegar à Prainha, tínhamos que pegar as pranchas e remar da praia da Macumba para chegar lá.
Foto da fascinante vista da Prainha, considerada uma das mais belas praias do país. Foto: Nilo Lima.
Outro fato que me recordo agora é a dificuldade para chegar à praia de Guaratiba, não existia a estrada da Grota Funda, tinha uma estrada feita na época do império em formato de zig e zag, muito íngreme por sinal. Em compensação quando chegávamos lá não havia ninguém, todas as ondas eram nossas, algo que não irá se repetir.
Esta vista magnífica, que mostra bem a mistura cidade e natureza, é um eixo da Av. Ayrton Senna. Foto: Nilo Lima.
Esse livro me fez relembrar as histórias antigas e as dificuldades que tínhamos que enfrentar para surfar. Gostaria de parabenizar o David Zee, Andrea Jakobsson e todos que trabalharam para que esse material com informações incríveis chegue aos nossos conhecimentos.
FONTE: Rico de Souza
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