Federe cai na grama após conquistar o título de Wimbledon
Roger Federer, 30 anos, está de volta. No palco onde mais se acostumou a brilhar, o suíço venceu Andy Murray, conquistou Wimbledon pela sétima vez na carreira e voltará a liderar o ranking mundial da ATP. Foram necessárias 3h20min para um dos melhores tenistas da história vencer o adversário britânico por 3 sets a 1, parciais de 4-6, 7-5, 6-3 e 6-4.
Federer soma agora 17 Grand Slams na carreira recorde absoluto entre os homens , 75 taças na estante e quebra um jejum que vinha desde 2010 sem conquistar títulos de Major. Ele também iguala o ex-tenista Pete Sampras em número de taças conquistadas no All England Club. Além disso, o suíço irá empatar em número de semanas no topo da lista com o norte-americano, que reinou por um total de 286 semanas no circuito masculino. Assim, na próxima segunda-feira, a ATP s deve confirmar o suíço em primeiro, Novak Djokovic em segundo, Rafael Nadal em terceiro e Andy Murray na quarta posição.Reuters
Andy Murray lamenta ponto perdido durante a final de Wimbledon
O britânico, que havia feito história ao ser o primeiro tenista da casa a atingir a final de Wimbledon desde 1938, segue com seu tabu de não vencer em finais de Grand Slam. Foi a quarta final de Major de sua carreira e o quarto vice (antes do jog deste domingo, ele havia perdido no US Open-2008 e nos Australian Open de 2010 e 2011). Ao menos, o atleta nascido na Escócia venceu pela primeira vez um set em decisões do tipo.
No confronto geral contra Federer, Murray perdeu a vantagem mínima que possuía: agora o placar aponta 8 a 8. Em decisões de Slam, o suíço destrói o adversário: três encontros, três vitórias e apenas uma parcial perdida.
No jogo disputado na quadra central, o suíço reviveu os melhores momentos da carreira. Com muita disposição, o ainda terceiro do mundo apresentou um diversificado arsenal de golpes. Alto aproveitamento de pontos com o primeiro serviço em quadra, grandes voleios e o domínio característico com o forehand.
Já Murray caiu durante o jogo: começou bem a partida, foi agressivo, mas pecou quando teve grandes oportunidades de dobrar o suíço na partida. Os erros fáceis acabaram com o seu jogo, e o jejum histórico dos tenistas da casa permanece: desde 1936, com Fred Perry, que um britânico não triunfa na disputa do torneio de simples na grama sagrada de Wimbledon.
O jogo
No primeiro set, a torcida britânica logo se animou quando Murray converteu o primeiro break point que teve na partida. Após confirmar o seu sérvio, o escocês abriu 2 a 0 de vantagem. Mas logo Federer se beneficiou dos seguidos erros não-forçados do adversário para empatar o jogo em 2 a 2. Após games mais longos, Murray adotou uma postura mais agressiva, salvou dois breaks-points, quebrou o serviço do suíço e ganhou a primeira parcial.
Na segunda parcial, Murray continuou atacando Federer, mas pecou nos momentos que poderia decidir o jogo. Não aproveitou as quatro chances de quebra que teve e, por duas vezes, quando o jogo estava 6 a 5 e com ele servindo, não aproveitou as bolas curtas do suíço no meio da quadra para definir a parcial. Resultado: após uma bela troca de bolas, Federer subiu à rede e, com um belo voleio, empatou a partida.
Na terceira parcial, a dúvida seria se Murray ficaria abalado pela vitória de Federer na parcial anterior. O ponto alto do set foi durante o sexto game. Foram 20 minutos de bolas trocadas até o suíço conseguir converter, na sua sexta chance, o break-point que definiria a parcial. Após isso, Federer só precisou administrar para fechar o set. Além do baixo aproveitamento de Murray com o primeiro serviço (55%), Federer soube usar bem o saque: foram14 de 16 bolas convertidas, aproveitamento de 88% dos pontos ganhos.
No último set, os tenistas repetiram o roteiro das parciais anteriores. Murray conseguiu se manter na partida até o quarto game, quando sacou e teve o serviço quebrado pelo suíço. No total, foram 17 winners contra apenas nove do britânico e um bom aproveitamento de 76% dos pontos para fechar a partida.
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