Tops vão mal no Us Open of Surfing

 

Olhando as bandeiras de tantos países parece até com as Olimpíadas. O US Open colocou as primeiras baterias do evento Prime no mar. Miguelito, com a mesma prancha que usou e venceu em Trestles, no ano passado, fez a maior somatória do dia [18.07]. Mandou uma rabetada rodando rápido pouco acima do lipe, com boa finalização na beirinha. Marcou tanto quanto a onda de Jordy Smith na disputa anterior, 9 pontos. Na bateria de Miguel, 6ª do 1º round, Fred Patacchia, com duas pauladas sólidas no outisde marcou 7.33. É isso. O surf “clássico” não empolga em ondas com menos de 4 pés e o jogo se transforma basicamente numa expression session. Sem quilhas à mostra não há muitas possibilidades de notas.

A 8ª bateria foi uma das mais esperadas. Taj Burrow, Filipe Toledo, Jack Freestone e Dane Reynolds. Logo no começo da disputa Jack entrou numa esquerda, lá na frente Filipe olhou para ele e, sabe-se lá porque, entrou na onda. Achei que seria interferência, ainda bem que os juízes não. A verdade é que Filipe mandou bem com sua FireWire, enquanto Taj, que tornou essas pranchas famosas e as abandonou esse ano, parecia sem inspiração. Filipe, brincando de ser sombra do Taj, cometeu uma interferência. Mesmo assim, com sua segunda nota cortada pela metade, ficou em segundo lugar. Dane, em apenas uma rasgada de back com rabetada no lipe, marcou 8. Melhor manobra do evento até ali, mas a bateria deixou a desejar.

 

Na 12ª bateria Kelly Slater mostrou que aquele seu aéreo continua cada vez mais controlado. É sempre bom ver o melhor surfista do mundo, em qualquer tipo de onda. Sua velocidade não foi atingida por nenhum outro na bateria. Nem Chris Ward conseguiu voar como ele. Além de tudo um gentleman. Deixou uma direita para o Wardo, mesmo podendo infringir-lhe uma interferência. Bom, isso porque ele estava vencendo, caso contrário...

Dian Atkinson pegou uma das melhores ondas do dia e passou na frente de Mineirinho e sua tradicional garra/habilidade. Foi uma bela disputa onde Jean da Silva, que entrou pela triagem, ficou em quarto. Jadson André cometeu interferência logo na primeira onda da 14ª bateria, mesmo ficou devendo pouco para o segundo colocado da disputa dominada por Adam Melling. Heitor Alves e Alex Ribeiro fizeram dobradinha na 15ª bateria.

Na sequência Gabriel Medina teve que segurar Conner Coffin para se manter na segunda colocação. Granger Larsen, com boa escolha de onda e surf sólido convenceu e venceu Medina sem aéreos. Gabe mandou bons aéreos, mas talvez seja tempo de começar a guardá-los para não cansar os juízes.



Na 18ª e última bateria do dia Willian Cardoso também deixou claro que suas manobras poderosas também podem vencer baterias. Caio Ibelli passou na segunda colocação. Damien discutiu com Willian depois da bateria. Os Hobgoods tem os brasileiros como pedra nos sapato ultimamente. Mas depois de conversarem calorosamente enquanto remavam, apertaram as mãos e tudo bem.

Os pontos desse Prime são ainda mais importantes depois do cancelamento das etapas no Brasil. As próximas serão no Havaí e lá é difícil a galera que luta para entrar na bolha de classificação se dê bem com tantos havaianos na competição. Amanhã o evento deve recomeçar, se o mar ajudar, lá pelo meio dia. Você pode acompanhar clicando aqui.

Adriano de Souza mostrou muita garra e habilidade na competição

US Open of Surfing

Kelly Slater mostrou que aquele seu aéreo continua cada vez mais controlado

US Open of Surfing

Miguel Pupo brilhou no primeiro dia de competição

US Open of Surfing

Gabriel Medina teve que segurar Conner Coffin para se manter na segunda colocação.

US Open of Surfing

Ontem foi o primeiro dia do evento Prime no US Open

NIKE US OPEN OF SURFING Round dos 96 incompleto:
Heat 1: Evan Geiselman (USA) 14.86, Tanner Gudauskas (USA) 14.20, Nathan Hedge (AUS) 12.77, Mick Fanning (AUS) 6.66
Heat 2: Kai Otton (AUS) 11.93, Alain Riou (PYF) 7.23, Adrien Toyon (FRA) 6.93, Taylor Knox (USA) 3.37
Heat 3: Jay Thompson (AUS) 14.70, Tim Reyes (USA) 14.20, Adrian Buchan (AUS) 13.27, Nathan Yeomans (USA) 8.72
Heat 4: Mitch Crews (AUS) 16.70, Tomas Hermes (BRA) 12.77, Owen Wright (AUS) 12.64, Kekoa Bacalso (HAW) 11.13
Heat 5: Jordy Smith (ZAF) 16.67, Nathaniel Curran (USA) 12.10, Romain Cloitre (FRA) 8.64, Joel Centeio (HAW) 7.24
Heat 6: Miguel Pupo (BRA) 18.07, Fredrick Patacchia (HAW) 13.56, Maxime Huscenot (FRA) 10.36, Charles Martin (GLP) 8.53
Heat 7: Kiron Jabour (HAW) 13.60, Bede Durbidge (AUS) 12.60, Shaun Joubert (ZAF) 9.93, Glenn Hall (IRL) 8.96
Heat 8: Dane Reynolds (USA) 13.53, Filipe Toledo (BRA) 10.22, Jack Freestone (AUS) 9.73, Taj Burrow (AUS) 8.60
Heat 9: Daniel Ross (AUS) 11.43, Sebastien Zietz (HAW) 10.87, C.J. Hobgood (USA) 10.80, Cory Lopez (USA) 7.76
Heat 10: Jesse Mendes (BRA) 13.60, Michel Bourez (PYF) 11.54, Joan Duru (FRA) 11.50, Garrett Parkes (AUS) 6.73
Heat 11: Stu Kennedy (AUS) 12.90, Yadin Nicol (AUS) 11.14, Matt Wilkinson (AUS) 8.50, Hodei Collazo (EUK) 6.71
Heat 12: Kelly Slater (USA) 15.20, Jay Quinn (NZL) 12.90, Torrey Meister (HAW) 12.37, Chris Ward (USA) 11.57
Heat 13: Dion Atkinson (AUS) 16.50, Adriano de Souza (BRA) 16.24, Tom Whitaker (AUS) 14.43, Jean Da Silva (BRA) 12.47
Heat 14: Adam Melling (AUS) 15.43, Thiago Camarao (BRA) 9.70, Gony Zubizarreta (ESP) 9.67, Jadson Andre (BRA) 9.19
Heat 15: Heitor Alves (BRA) 14.94, Alex Ribeiro (BRA) 10.80, Hank Gaskell (HAW) 10.44, Blake Thornton (AUS) 4.88
Heat 16: Granger Larsen (HAW) 16.80, Gabriel Medina (BRA) 14.56, Conner Coffin (AUS) 13.76, Aritz Aranburu (EUK) 8.27
Heat 17: Josh Kerr (AUS) 18.00, Gabe Kling (USA) 13.27, Andrew Doheny (USA) 11.83, Mason Ho (HAW) 7.00
Heat 18: Willian Cardoso (BRA) 14.00, Caio Ibelli (BRA) 12.00, Damien Hobgood (USA) 8.60, Marc Lacomare (FRA) 7.00