domingo, 29 de junho de 2014

Veja as melhores fotos de Colômbia x Uruguai

Colômbia 2 x 0 Uruguai (© Getty)
James Rodriguez comemora gol da Colômbia

Não se soube, ao certo, se as camisas amarelas em ampla maioria no Maracanã eram apenas colombianas. Era, mesmo, uma mistura, quase uma junção de forças. Brasileiros e colombianos. Unidos contra o Fantasma, no mesmo palco de 50. Nem mesmo a presença em espírito do punido Luis suárez, com camisa no vestiário e máscaras na arquibancada, foi suficiente. James Rodríguez, novato, fez o Uruguai sentir na pele seu próprio Maracanazo, 64 anos depois. 2 a 0, dois belos gols do camisa 10. A Colômbia, ao chegar às quartas de final diante do Brasil, faz história. É a sua melhor campanha em Copas.

Diante de um Uruguai que não tinha forças para ser campeão ou sequer manter a pegada de 2010. Forlán, o craque da Copa da África do Sul, foi apenas uma sombra da geração que parece ter chegado ao fim de seu ciclo. E que pelo caminho encontrou colombianos envolventes, de belo toque de bola. Uma ode ao futebol. Foi, de início, quase um ataque contra defesa.

Cuadrado e James Rodríguez faziam a bola girar de pé em pé no gramado do Maracanã, sem medo da força uruguaia. Sem sequer tomar sustos com o Fantasma de 50. A posse de bola colombiana atingia os 70%. Zuniga tentou um chute de longe, bem defendido por Muslera. O Uruguai se ressentia no estádio onde alcançou seu maior feito. O gol parecia questão de minutos. E foi. Na base do talento.

Aos 27 minutos, James Rodríguez recebeu a bola de costas para a grande área. Decidido a assumir o protagonismo que a história lhe dera, deu belo giro e, sem deixar a bola cair, mandou uma bomba para o gol. Muslera, verdade, até tocou nela. Mas ela também beijou trave, chão e rede. Gol da Colômbia. Gol não. Golaço de Rodríguez. 1 a 0.

Sem alternativas e para manter a sobrevida, o Uruguai foi à frente. Arévalo, Forlán, Cavani. As velhas caras de 2010. Mas cansadas. Mais pesadas com quatro anos nas costas. Ressentidas da falta da velocidade e agressividade de Suárez. O Uruguai, ainda no primeiro tempo, estava entregue. Parecia abatido com a suspensão de seu melhor jogador. O espírito aguerrido declarado fora dele não entrou em campo. E Cavani apenas assustou em uma cobrança de falta, próxima à área.

Na volta para o segundo tempo, ficou claro que o tempo desta briosa geração uruguaia. Com apenas quatro minutos, Armero passou voando pelo lado esquerdo e cruzou na ponta direita para Cuadrado. De cabeça, ele ajeitou no capricho para o centro da área. James Rodríguez deu o golpe derradeiro no Fantasma de 50 e tocou para o gol. 2 a 0 para os colombianos. Fazia-se, de novo, história no Maracanã.

Não havia, mesmo, mais o que esperar da Celeste. A Colômbia tocava a bola, mostrava a qualidade e paciência. O Uruguai, nervos à flor da pele, levantava bolas na área e, quando as chances apareciam, davam de cara com o goleiro Ospina. Foi assim em duas oportunidades com Rodríguez. Mas a esperança já havia se esvaído.

Na arquibancada, colombianos e brasileiros, então, se separaram. Provocaram-se, aos gritos, antecipando o duelo da próxima sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. E, juntos, presenciaram um momento histórico: 64 anos depois, o Fantasma de 50, enfim, adormeceu. A reedição do duelo com o Brasil não seria mais possível ao Uruguai. Que, agora, tem um Maracanazo para chamar de seu.




FONTE: ESPN

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