sábado, 5 de julho de 2014

Argentina manda 'geração belga' para casa e vai à semifinal

Holanda (4 ) 0 x 0 (3) Costa Rica (© AP)
Com gol de Higuaín no 1 a 0, hermanos avançam e colocam fim a jejum de 24
anos

Cinco Mundiais, 26 partidas ou 8.771 mil dias.

Fique à vontade para escolher. Fazia tempo, praticamente 24 anos que a Argentina não conseguia chegar a uma semifinal de Copa. A última vez havia sido em 30 de junho de 1990, contra a Ioguslávia, no estádio Artemio Franchi, em Florença, na Itália. O jejum, enfim, se encerrou: em mais uma excelente atuação, Lionel Messi chamou a responsabilidade e a seleção celeste venceu a Bélgica por 1 a 0 neste sábado, no Estádio Nacional, em Brasília.

Higuaín comemora o gol junto a Di María e Messi (© Getty)
Higuaín comemora o gol junto a Di María e Messi

O gol da vitória foi marcado logo no começo da partida, aos oito minutos, após saída de bola equivocada de Kompany, sobra com Messi e abertura com Di María na direita. O meia-atacante tentou acionar Zabaleta, não conseguiu, mas Higuaín pegou o passe e girou com rapidez para o fundo das redes.

Fim de uma seca que durava 83 dias para o centroavante.

Na entrevista coletiva que antecedeu o confronto, Alejandro Sabella havia sido pressionado pela imprensa a sacá-lo da equipe e justificou a sua confiança com o sacrifício feito pelo jogador no gramado. A aposta não poderia ser respondida de melhor forma.

Para a partida, o comandante argentino, ainda insatisfeito com o desempenho de seus atletas - a despeito dos resultados -, promoveu três mudanças, com a entrada de Basanta, Demichelis e Biglia entre os titulares. Ele terá de se preocupar com a baixa de Di María, que deixou o jogo lesionado ainda no primeiro tempo.

A Bélgica não conseguiu repetir a mesma exibição das oitavas e, com um Hazard sumido em campo, teve de contar com as descidas de Vertonghen pela esquerda e os chutes de fora de área de Kevin de Bruyne para ameaçar a meta de Romero. Pouco demais para a propagada geração do país que, embora tenha atingido o seu objetivo, deixa o Brasil com uma dose de frustração.

Os argentinos agora aguardam o vencedor de Holanda e Costa Rica, às 17h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, para conhecer o adversário da semifinal.

O jogo

A partida começou quente. Logo no primeiro minuto, os cães de guarda das duas seleções se desentenderam em lance isolado no meio-de-campo: Witsel tentou proteger a bola e trocou empurrões e agarrões com Mascherano, que pressionava por trás.

Com a bola rolando, Messi não demorou a aparecer. Aos três minutos, o craque dominou do lado direito e inverteu para Lavezzi na esquerda. O atacante recebeu sozinho e tentou cruzamento rasteiro para Higuaín. Atento, Kompany se antecipou e afastou o perigo de dentro da área,

O defensor e capitão belga vacilou aos oito, no entanto. Ao tentar sair com a bola, teve o passe desviado, Messi ficou com a sobra e abriu rapidamente para Di María. O meia-atacante tentou tocar na passagem de Zabaleta, não conseguiu, mas Higuaín pegou o bate-rebate e girou para o fundo das redes, sem chances para Courtois.

Foi a senha para torcida argentina, que dividia o estádio com os brasileiros, soltar a voz e transformar as arquibancadas.

Assustada, a Bélgica conseguiu chegar pela primeira vez somente aos 13 minutos, em arremate à distância de De Bruyine. O meia do Wolfsburg e Vertonghen eram as principais alternativas de Wilmots no gramado.

Com a vantagem no placar, a Argentina aguardava em seu campo e saía apenas no contra-ataque. Em um deles, aos 29, Messi encontrou Di María aberto na direita, mas o meia-atacante acabou sendo travado por Kompany na hora de finalizar. Ele acabaria sentindo uma fisgada e sendo substituído por Enzo Pérez em seguida.

Antes da ida para o intervalo, uma chance ainda para cada lado: em cobrança de falta na meia-lua, Messi tentou o ângulo esquerdo e assustou; enquanto que Mirallas cabeceou com perigo outro cruzamento de Vertonghen.

Na volta dos vestiários, a Argentina chegou bem por suas vezes pela esquerda, mas não conseguiu concluir em gol. A equipe quase ampliou aos nove minutos, em arrancada em velocidade de Higuaín, toque entre as pernas de Kompany e chute forte no travessão de Courtois.

Foi por pouco.

Os belgas mudaram e colocaram Lukaku e Mertens no lugar de Origi e Mirallas, respectivamente.

Surtiu efeito: o time cresceu e ficou próximo do empate em cabeçada de Fellaini e corte contra a própria Meta de Garay depois de cruzamento de De Bruyne. Não foi suficiente, contudo, para arrancar o empate. Ao fim dos noventa minutos, os comandados de Wilmots contavam com apenas com apenas uma finalização correta. Mais experientes, eles terão de aguardar agora até 2018.




FONTE: ESPN

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